Têm uns caras que - não importa sua “pseudo” preferência
ideológica - destros ou canhotos - repetem absolutamente tudo o que ouvem. E é
um tal de copia e cola pois não conseguem elaborar nada que não venha de suas
próprias cabeças.
A esses, que hoje chamamos de gado, antigamente
chamavam-lhes de massa de manobra (termo que detesto). Então, esse gado repete
tudo que ouve dos seus "formadores de opinião". Os chavões, clichês e
bordões da última década são: "coxinhas", "esquerdopatas",
"globolixo", “vejalixo, “folhalixo” - tanto lixo que não entendo o
motivo de continuarem assistindo ou lendo ( será?) - "mídia vendida",
etc. Até mesmo "gado" é um clichê – neste caso, muito útil. Surgiu nas últimas semanas o "chineses assassinos", um insulto inexplicavelmente xenófobo, variante do "Vai pra Cuba"... Tem uma galera bem doente.
Minha opção ao ouvir estes termos falados ou escritos é
ignorar. Não consigo manter uma conversa com quem os usa, justamente por
entender que em suas cabeças o patati não mantém comunicação efetiva com o
patatá – talvez somente para funções básicas como não borrar as calças enquanto pasta. Lembra
muito aquele filme "A múmia" onde o povaréu saía pelas ruas como
zumbi falando "Imhotep, Imhotep,...".
Hoje, enquanto o gado muge, temos um dilema natural em
tempos de Coronavírus em terras de Ursal: saímos às ruas para trabalhar e
voltamos para casa com um vírus que pode contaminar e matar alguém de nossa
família ou a outros com os quais temos contato ou... - e esse é ou outro lado - ficamos em isolamento -
parcial, como podemos ver - ao tentarmos preservar o máximo de tempo possível a
saúde dos nossos ficamos com o medo de não termos dinheiro para nos manter?
Depois de algumas boas horas de informação com
especialistas, eu me posiciono por apoiar
a primeira alternativa. Entendo, mesmo não sendo um infectologista e me
embasando nos argumentos dos profissionais da saúde, que estão lidando diretamente com esta guerra que a partir dos milhares de casos de
contaminação e morte em outros países que tivemos a possibilidade de observar
como antecedência enquanto a pandemia se expandia podem ser tiradas algumas
lições e a maior delas é que o isolamento deve surtir efeito, se observado o
tempo necessário. Qual tempo? O suficiente para diminuir a expansão da doença.
Percebeu?! Quase não usei vírgula, mas também não briguei com o coleguinha, não troquei mindinho, não desconvidei para a festinha no play. Observe como é possível elaborar sua opinião sem se contorcer de raiva e espumar pela boca. Aliás, neste caso, considere
procurar imediatamente um médico.
Viu como funcionou. Nem mandei o #JMB à m...
* * *
Este texto fora escrito horas antes do "poder central" - em conjunto com os bancos - informar que deverá custear a folha de pagamento das empresas cobrando "juros módicos" aos empregadores por dois meses, com o prazo de pagamento maior que os das Casas Bahia.
Ora, se a economia ganha uma sobrevida de dois meses, me parece que o objetivo é que possamos permanecer em isolamento, mesmo que parcial, para que possamos cuidar da saúde da população, estou certo?
Ou não é bem assim que o Corona toca...?!