Faz um tempinho escrevi algo a respeito da interpretação da grande "massa digital lacradora" a partir de discursos que pessoas públicas faziam e eram tirados do real sentido que queriam dizer - já meteram pau até no papa! Hoje parece que se propagam nefastas disputas cujas retóricas insanas, torpes ou demagógicas são usadas para atrair uma espécie de adesão emburrecida e empobrecida de cabeça.
Algumas pessoas públicas deveriam tomar cuidado quando se referem ao sofrimento humano.
Nas última semanas tivemos exemplos claros. Um deles quando o atual presidente fez menção em fazer um churrasco com seus apoiadores, enquanto no mesmo fim de semana uma pandemia fazia-se conta de 10.000 vítimas fatais. Depois, um vídeo debochado sobre o uso de um medicamento que ele alardeia como um "poderoso elixir" - qual um charlatão viajante em cidades do interior - e, talvez saibamos motivo - teremos certeza mais a frente.
Mas eis que surge da escuridão nefasta do poder, para não ficar para trás em primária verborragia panfletária, o antigo presidente para, no meio de mais um discurso polarizador, mencionar os efeitos do Covid-19, não solidário à situação da população, mas no sentido de quanto pior melhor aplicando sua "tese" ao modelo econômico. A frase, dentro de sua obtusa linha de raciocínio foi a seguinte: "ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus".
Entretanto, tão contaminante quanto o Coronavírus é o palanque de quem deve estar a salvo, tratando a doença como um "bem" - neste caso somente para seus interesses políticos - enquanto as pessoas padecem e os caixões vão sendo empilhados.
Já disse tempos atrás que não nutro simpatia ou antipatia por ele - hoje é um sentimento neutro - muito embora questione seus métodos. Entretanto para seu texto, senhor ex-presidente, não há contexto que o defenda.
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