sexta-feira, 27 de outubro de 2017

EXERCÍCIOS

Mesmo sabendo que não daria em nada quando chegasse no Senado, STF, aos ouvidos e César ou Átila, o Huno, como sempre, aliás, pois o instituto da auto-preservação sobrevive entre a bandidagem de foro privilegiado, resolvi fazer um breve exercício de linguagem, apenas para deixar manifesto meu sentimento com o ocorrido durante a semana. Você pode fazer em casa também. Sugiro que faça novas construções. Que se tornem mantras? Não sei. Mas que não seja esquecido até o final de 2018, se nosso barquinho chegar lá, é claro.
É assim, ó:
Não há como negar a pontinha de desencanto que a câmara dos deputados nos deixou por não acolher a denúncia contra o vice*.
Não há como negar o quanto fiquei puto quando a câmara dos deputados deixou de acolher a denúncia contra o vice.
Não há como negar que nego  veementemente a câmara dos deputados que deixou de acolher a denúncia contra o vice.
Não há como negar que nego "os go" da câmara dos deputados por deputarem com nossa cara novamente ao deixarem de acolher a denúncia contra o vice.
Agora você continua exercitando na sua casa, no seu trabalho, no carro, no trem, na esteira. Algo como um"pompoarismo mental". Ninguém necessariamente precisa ver, mas ao final você deve colher os resultados.

* O "vice" serve apenas para não esquecer de sua procedência duvidosa, entendeu? Bom, espero que sim.

TUDO O QUE VOCÊ QUERIA

Ah, eu quero sim! Eu vi no anúncio. É aquilo que me trará prazer. Vou pegar o meu cartão. Pago em doze vezes e pronto. Vou aproveitar o décimo terceiro se não estiver desempregado. Ah, mas eu quero. Já disse que quero. Nunca pensei que precisasse. Mas faz uma falta... Pelo que vi, está com um preço bom. Ainda bem que o frete é grátis. Minha prima falou que  é bom. E a Beta na facu disse também. Pensando bem, vou querer dois. Vou deixar um de reserva. Aproveitar o preço que tá barato. Não vou deixar que nem a esteira parada na área de serviço. Não, não senhor. Nem como aquele jogo de fondue. Nem como aquela bermuda que foi comprada pra usar quando emagrecer. Não, não senhor. Se eu tivesse chance, comprava já! A-go-ra! Mas deixa eu chegar em casa... Não vou comprar por impulso. Se eu tô pensando nisso antes, é porque não é por impulso, óbvio, né?! Dããã... Bom mesmo é comprar o que eu não preciso. Mas disso eu preciso. Sempre precisei. Desde... Deixa eu ver... Desde que saiu o anúncio. Vi que era algo que eu sempre quis ter. Um sonho. Um sonho que nunca tive pois não sabia que existia. Já sei até quando vou usar. Sei como e sei com quem.. Bom na verdade não sei, mas saberei quando tiver aqui comigo. Tudo é questão de estratégia. Se eu tiver aqui, vou saber o que fazer. Afinal quem nunca quis... Qual é o nome mesmo? Ah, sei lá, só sei que vou comprar! Não se mete.