sexta-feira, 15 de maio de 2020

O PANDÊMICO



Ontem, inquirido por um repórter sobre os resultados das ações de isolamento feitas pela Argentina ter resultado um número menor de mortos pelo Covid-19 do que o Brasil, Bolsonaro retrucou: “É só você fazer a conta por milhão de habitantes, e talvez… Vamos falar da Suécia? A Suécia não fechou. Pronto! A Suécia não fechou! Você está defendendo… você entrou pra ideologia. Você pegou um país que tá caminhando pro socialismo”, concluiu nervoso.

O presidente efêmero compara um país europeu com uma população menor e que não adotou o distanciamento a um país sul-americano de maior população que está fazendo o dever de casa. Na ocasião em sua cabeça confusa, procurou doutrinar seus "adeptos" a uma resposta pronta e sem consistência científica, inserindo sem nenhum sentido a palavra socialismo no contexto para tentar justificar sua enfadonha e sempre ridícula retórica.

Observamos que o caso do Brasil é mais dramático que os dois países mencionados. A ausência de testes suficientes e a politica de confronto eleitoral instigada pelo pandêmico federal confundem e afastam ainda mais a possibilidade de melhoria de ações que nos protejam de forma mais rápida e efetiva. Existem sempre factoides ou movimentos que procuram desviar do problema principal que hoje é a pandemia e que só se agrava com a sua total incapacidade de liderar um país, seja em um momento de crise ou não.

Considerando os casos de sub-notificação, ou seja, onde a causa da morte pela doença não pôde ser comprovada pela ausência de testes, não sabemos efetivamente se estamos "somente" nas 14.131 mortes, hoje, 15/05/2020.

Se você teve oportunidade de estudar um pouco de matemática, compare, senão jamais peça ajuda a Bolsonaro:

Brasil - pop. 220 milhões, 14.131 mortes;
Suécia - pop. 10 milhões, 3529 mortes;
Argentina - pop. 44 milhões, 353 mortes.

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