quinta-feira, 17 de julho de 2014

VAMOS ESTUDAR ?!

VOCÊ TAMBÉM PODE OUVIR: "VAMOS ESTUDAR?!" 

Uns quinze, ou talvez vinte anos nos separem de um planeta que dissemina a informação através da Internet, daquele que existia na leitura das folhas de uma revista ou de um jornal. Vi na TV que em Amsterdã eles estão quase acabando. Quase não existem mais.

Em contrapartida, percebemos que a TI serviu para tornar as coisas mais próximas; e mais do que tudo, tornar mais próximo o conhecimento.

Tempos atrás eu acordava cedo para ir à aula, pegava um ônibus, o metrô, ou caminhava um bocado com meus livros e caderninhos na mochilinha surrada e rabiscada de todos os dias. Hoje, meu filho ainda carrega muito peso, com um montão de livros e cadernos para lá e para cá. Acho que o peso é proporcional ao preço que pagamos todo ano pelo material escolar!

No primário -  hoje é chamado de ensino fundamental - sempre tive bons professores. Mas muitas vezes eu sentia muita falta de mais informações. Aquelas perguntas sem respostas que sempre fugiam ao programa de aula. O tempo era curto e as salas de aula sempre muito cheias.

Eu saia dali atrás de jornais e revistas; atrás de enciclopédias de capa dura; atrás de sebos e seus livros usados; e aproveitava também um bocado de livros que eu tinha em casa, para tentar matar minha curiosidade. Foi minha época preferida! Meu estímulo para saber mais. Acho inclusive que lia muita coisa antes do tempo. Coisas que seriam importantes serem lidas quando fosse eu fosse mais maduro. Mas isso é papo para outro post.

Voltando: ainda bem que os tempos são outros e estas informações estão ao meu alcance. Minha coluna vertebral agradece não ter que carregar mais tantos livros - dá para carregar muita coisa num pen drive, num dispositivo móvel qualquer ou deixa-los nas nuvens, não é ?!

Mas nada me traz mais satisfação do que a possibilidade de adquirir conhecimento onde eu estiver.

Adoro o contato com pessoas, mas essa vida corrida, os engarrafamentos, a falta de mobilidade urbana - para citar um termo recorrente em épocas de eventos esportivos – e, sobretudo, o custo, muitas vezes tiram o estímulo de quem precisa ganhar tempo. É bom lembrar que mesmo nos ambiente virtuais  é possível a interação. Para quem sente um pouco de dificuldade de aprender sem ouvir alguém explicando a matéria, existem os webnars dentro da modalidade de Ensino à Distância.

Hoje parei para escrever um pouquinho. Estou fazendo três cursos à distância (sim , planejando o tempo, dá para manter o foco) aproveitando um sabático forçoso mas certamente, muito bem aproveitado. Tem vezes que a preguiça me abraça, é bem verdade. Mas, xô ! Sai pra lá !! Essa conversa toda é também para espantar um pouco da moleza !

Sinto falta das aulas presenciais, claro ! Mas é possível aprimoramento pessoal e profissional mesmo sem estar no dia a dia de uma sala de aula.

Então, meus queridos, aproveitem seu tempo !

domingo, 13 de julho de 2014

MIL GOLS... MIL GOLS...



Brasil - 13/07/2014 - 16:45.



E no final das contas, teve Copa !

Primeiro tempo - 40 minutos.

A bateria do note está acabando - 35 %. Como um prorrogação, nestes pouco mais de 30 dias de futebol. Já já a rotina volta, não sem boas histórias para relembrar.


Faz algumas semanas que me perguntam o motivo de eu não ter escrito nada sobre a Copa. Pois bem; estava esperando a final. Deu Alemanha e Argentina; fazer o quê?!

Como apaixonado por futebol, quero lembrar das torcidas multicoloridas fazendo festa. Lembrar do golaço do Van Persie. Do sensacional goleiro Tim Howard pegando tudo. Do cerebral Toni Kroos. Do choro de Julio César após os pênaltis contra o Chile. De Leonel Messi decidindo quando era preciso. Do fôlego, da canhota e da malandragem de peladeiro de Robben - para mim o nome da Copa.

De triste, a falta de desportividade e civilidade da torcida e da imprensa espanhola após a eliminação. O "joelhaço" que partiu Neymar ao meio. A anestésica goleada germânica num bando de jogadores brasileiros desorientados e sem técnico.

Aquele clichê ultra-batido cabe para esta Copa: não tem mais bobo no futebol

Intervalo.

O primeiro tempo da final, foi belíssimo de se ver. Não, não tivemos tanta emoção assim, a não ser pelas arquibancadas. Taticamente, digo. A distribuição dos dois times é uma aula para quem gosta do esporte.

A essa altura o Higuain já perdeu um gol feito, a Alemanha já meteu uma bola na trave. 

O time de branco em alguns momentos se assemelha ao Barça de 2008. A posse de bola e a disponibilidade de sempre ter algum jogador pronto para recebe-la me lembra o tic-tac do final da década passada. 
Os argentinos postam-se na defesa forçando um erro de passe para arriscar contra-ataques perigosos.

Quero escrever sem saber o resultado mas curtindo o futebol. Aquele futebol que aprendi desde moleque, quando comecei a me entender por gente e acompanhar o Brasil, naquela época tri, ser "campeão moral" nos estádios lotados durante a ditadura de Videla.

Começou o segundo tempo...

Quero escrever sem lembrar dos estádios superfaturados por aqui e das mentiras ditas desde sete anos atrás como se as pessoas já não soubessem o que aconteceria. Como achassem que todos seriam cordatos com tantos desmandos.

Messi quase fez no canto esquerdo de Neuer...

Quero entender como o Brasil conseguiu fazer uma Copa, mesmo sem hospitais, educação e tratar os visitantes como amigos, convidados para uma feijoada na própria casa. Os brasileiros realmente são surpreendentes. Não merecem seu desgoverno. 

Quase gol do Klose de cabeça...

Bateria 23 %.

Quero esquecer que os craques, hoje são raros por aqui, vão embora pois não há estímulo ou estrutura para forma-los adequadamente e que o esporte mais popular da país é tão maltratado quanto o resto do Brasil. 

Para mim causa estranheza até hoje as comparações que fazem entre os 3% dos jogadores de futebol profissional que conseguiram alguma projeção à qualquer coisa que se mexa, como se fossem culpados por terem nascido pobres - em sua maioria - terem se dedicado através da prática de um esporte de alto rendimento (bancado por suas famílias, ou nem isso), terem obtido destaque e terem conseguido ganhar salários por que são efetivamente bons no que fazem. Quem os paga são seus patrões. Compara-los a quem quer que seja é uma idiotice. Qual o moleque que já bateu uma bola e não quis ter fama, fortuna fazendo o que gosta?

Quero não lembrar que a equipe do país saiu da disputa por causa de orientações tacanhas de um técnico que já deveria ter se aposentado. Mas isso é outra história.

Messi arrisca de fora da área...

Bateria 17%.

Kroos de chapa... uhhhh

Saiu Klose; artilheiro das Copas.

Gotze escolhe a pior opção e solta um peteleco de fora da área.

Acabou. Prorrogação.

Quem diria que teríamos emoções até o final... 

Palacios encobre Neuer mas para fora... uhhh.

5%.

GOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLL

GOTZE !!!!!

Talvez o novo herói esportivo de uma Copa.

Não vou esperar a partida terminar para findar este texto. Vou assistir o final de uma boa competição. Daqui a quatro anos tem mais...

Que se faça o campeão.