sábado, 17 de março de 2018

À BANGU


Antigamente se dizia na pelada de rua que após um gol o recomeço do jogo, a saída, poderia ser  ""à" Bangu" - ao invés de colocar organizadamente a bola em jogo no meio do "campo".
Me contaram que o termo surgiu quando os jogadores perceberam que perdiam muito tempo indo buscar a pelota no mato. Para reiniciar o jogo logo, resolviam a questão dando a saída com o goleiro ou com um zagueiro. Talvez isso tenha nascido com os boleiros de Bangu muito tempo atrás.
Com o tempo, o "à Bangu" - a crase é uma "licença poética" - virou sinônimo de bagunça. Talvez uma injustiça com o bairro de Bangu.
Vendo o noticiário político-policial, não há outro termo:
Saporra tá "à Bangu" !!!!
Tá na hora de botar a pelota debaixo do braço, levar até o meio campo e de uma vez por todas sair com essa bola direito.

Lembrança de 2016.

INSENSATEZ


É hora de pesar as mãos. É hora de pesar. É hora de pesar.

Agora, noites após os assassinatos de uma representante popular e de inocentes pais de família e uma criança, após homenagens, lágrimas, manifestações de repúdio, infalíveis haters, etc, etc, etc,... A poeira nunca abaixa no Rio e preciso permanecer intranquilo, intransigente e, ainda bem, indignado.

Quando crimes com estas características acontecem, a distorção sobre quem é o assassino faz com que população não enxergue que o verdadeiro criminoso é o Estado.
O Estado corrupto que não provê saúde, educação e justiça social. Que deixa o tráfico e milícias dominarem o estado e se espalhar pelo país - se é que não se alia e potencializa a estes.

Que, através de suas representações, gera uma consciência rasa de confronto entre a população, sem efetivamente querer resolver o que quer que seja.
Nego peremptoriamente que me governe, represente ou me imponha seus impostos, sem que eu receba ao menos o que está escrito, de forma hipócrita , no artigo quinto de sua Constituição.

Nego ao Estado que não pune e que não provê condições para que nunca precise punir.

Nego a insensatez da plebe ignara que engole e reproduz discurso pronto de Lulas, Bolsonaros, Ciros, Dórias e outros arquétipos da insipiente democracia brasileira.

Nego a mesma massa que não consegue ver que duas coisas que lhe impuseram como contrárias não precisam necessariamente excluir uma à outra, e que não vê que ambas, sem o discurso para torcida e sem corrupções, podem ser boas se juntas.

Cansado de palavrório insano.

Cansado dessa porra toda.

sexta-feira, 9 de março de 2018

ESTOURADA É DA DEFESA



Quando minha bola era redondinha e eu dava carretilhas, dribles da vaca, elásticos e puxadinhas de letra, logo a zaga vinha como uma orangotango aflita a chutar tudo o que havia pela frente: bola, vento minha canela - não necessariamente nessa ordem - jogando tudo para o mato, mesmo que o jogo não fosse de campeonato. Algum adversário vinha gritando: "Estourada da defesa !!!"

E eu lá caido no chão gritava: é o carajo !!!! Isso é falta, po##a !!!
Observo
, faz alguns meses, esse bate boca inútil e infantil entre defensores do atual governo e o partido que o levou ao poder e os contrários.
Os defensores do atual governo e o partido que os levou ao poder registram que os defensores do governo anterior e do partido que os levou ao poder na ocasião, sofrem de falta de memória para os desmandos e casos de corrupção que foram esquecidos e engavetados de forma absurda e só eles, os defensores do governo atual e o partido que os levou ao poder, lutaram contra o status quo e que legitimamente foram eleitos pelo voto popular e consequentemente, qualquer afirmação sobre  incompetência e o caráter duvidoso de suas lideranças é golpismo, facismo, dadaísmo, cubismo, misticismo e todos os "ismos" possíveis para a mesma arcaica defesa tatibitati do coitadismo instituído, ratificado e institucionalizado pelos defensores do governo atual e o partido que os levou ao poder e pelo líder dessa seita.
Ora, pela lógica, depois de mais uma década de "governo", se os responsáveis pela devassidão política do governo anterior não tiveram qualquer punição pelos seus atos, observo que teríamos algumas variáveis a serem consideradas:
A) o governo atual foi de tal incompetência que não conseguiu investigar e/ou punir ninguém do governo anterior em seus atos ilícitos - mesmo com maioria no congresso e tendo indicado a maioria dos ministros do supremo.

B) O governo atual manteve e ampliou as possibilidades de lucro ilícito do governo anterior e por tanto não valia a pena "mexer" nisso - não "mexe" nisso não... - teria dito seu líder supremo.

C) O governo atual não teve traquejo sequer para manter em sigilo seus próprios atos ilícitos e por isso pagam por sua incompetência.

D) O governo atual e incompetente não consegue freiar as instituições e servidores sob seu "comando", passando a utilizar o discurso de cortar na própria carne os tentáculos da corrupção institucional de mais de uma década mesmo contra o discurso da máquina midiática e golpista

E) Todas as respostas acima
E as conversas e todo o palavrório político girarão em torno do mesmo tema, de ao menos três décadas, seja quais forem os defensores dos governos antigos e atuais: em caso de dúvida, a estourada é sempre da defesa e a culpa de tudo é sempre da Globo, né ?

Lembrança de março de 2016

quarta-feira, 7 de março de 2018

UM PATINHO


Gosto muito de música. Está até escrito num dos meus livros o tanto que ouço. Ontem estava visitando "A Revolta dos Dandis" do Engenheiros do Havaí. As canções que dão título ao álbum parecem perfeitas para o momento em que vivemos. Entre antagonismos fabricados, estamos estranhamente perdidos, entre o ruim e o péssimo. E que aquilo que eventual ou constantemente nos oprime são, embora opostos, exatamente a mesma coisa. Uma imagem de Camus é nossa atual fotografia.
Viajo ao ser político e minha verdade é que as (mal)dita esquerda e (mal)dita direita em cargos eletivos, nesta canoinha desgovernada, não existem como fazem questão de te vender todo santo dia. Dia pagão também.
Existe um prosaico pensamento solto no ar e que jamais sai do papel - "Vai estudar! " é o que dizem - e paira somente nas intervenções batidas e demagógicas para arrebatar, com um populismo feito para estúpidos, diga-se de passagem, as futuras massas votantes.
Você que se exalta quando se fala mal do seu ladrão de estimação - esse termo é de uma sabedoria incomum - e de ocasião, tenha ciência que se você não disser ou fizer nada, novos ladrões apadrinhados ou "apaternados" por velhos ladrões permanecerão à sua porta levando de forma oficial seu suado dinheirinho.
Serão inventados de tempos em tempos impostos compulsórios, obras de recuperação, ampliação de leitos, reforços financeiros para infraestrutura, compra de maquinário, ampliação da malha viária em projetos de longo prazo, etc.
Será criada a Negrobras ou a Afrodecendentebras (para ter uma proposta afirmativa) em substituição à, hoje, combalida Petrobras de onde serão captados recursos, agora para energia baseada em vento ou carvão, dependendo da linha política que te empurrarem goela abaixo.
A propaganda oficial, a corrente e a de campanhas, que você paga enquanto lhe sorriem, dirá que será distribuida renda entre os mais pobres ou que se incentivará as empresas industriais e comerciais para aumentar empregos. Hoje você pagou cinco minutos de propaganda em rede nacional nos canais abertos. Doeu?
Dirão ainda que surgiu a novidade política que você esperava, ilibada moral, altruísta e inacreditável como uma Tec Pix.
Falarão para você dos direitos das minorias que você o-bri-ga-to-ria-men-te TEM que apoiar ou você será um fascista "igual a eles" , ou dos "comunas" que querem acabar da família brasileira por qualquer motivo idiota.
E você, se quiser, cairá novamente como um patinho a ser farejado por sabujos, caindo como sempre caiu na conversa populista de "esquerdopatas" ou "direitistas coxinhas".
Ah, patinho...
Já encheu.

Lembrança de março de 2017

sábado, 3 de março de 2018

PARECE ÓBVIO MAS NÃO É

O mais interessante da time line do FB é que posso escrever o que quiser, ao limite de minha responsabilidade; ou seja, cabe a mim decidir o que escrever ou não. Se quiser falar de algo, alguém ou alguma coisa o problema ou a solução, é exclusivamente minha.
A importância dada a este ou àquele assunto é tratada de forma pessoal, e, no meu caso, depende de quanto tempo tenho para perder (ou ganhar) com ele.

O fato é que eventuais interpretações, pensamentos ou mesmo compartilhamentos de fatos ou ideias dizem respeito ao autor em seu perfil pessoal, cabe a ele responder ou não a possíveis ponderações de seus amigos, seguidores ou conhecidos. Sobre certos temas, pode até se transformar em discussões saudáveis.

Quando observo comentários na TL de algum contato, ou alguém que eventualmente acompanho, com os quais não concordo, abstenho-me. E, olha, tenho lido tanta coisa estranha...

Cada um que seja responsável pelas próprias palavras.

Na minha TL - ainda bem que faz tempo que não acontece -  transformar meu comentário em um cavalo de batalha, terá como retorno sincera desatenção - não costumo ter cavalgaduras como interlocutores.

Para estes casos, cabe a máxima: no dia em que sua opinião for pizza, você me dá.

Lembrança de março de 2016.

CAMPEÕES

Eu li, faz alguns minutos, alguma coisa sobre um cara que associava vitórias pessoais esportivas à falência da sociedade(???). Algo como: toda vez que há um campeão, estimulamos que haja sempre um vitorioso e muitos fracassados, e isso segrega, e isso leva à miséria(?), e isso sobrepõe o mais forte sobre o mais fraco, e isso é o mal da humanidade, e isso... E aquilo...
Competimos desde o princípio. Você que está lendo foi um espermatozóide campeão🎉☺👍.
Competimos por comida e pelo sexo, ainda primatas.
Competimos por território, sendo homo erectus. Competimos pela liderança, como homo sapiens.
Imagine entre sábios, aquele que quer que seu conhecimento prevaleça. Fará com que suas teorias e práticas sejam comprovadas. Assim evolui a ciência.
Competir faz com que avancemos.
Competir faz com que aquele que perdeu busque algo novo.
Perdeu? Levanta, limpa o joelho e vai de novo para o jogo !!

Lembrança de fevereiro de 2017