sexta-feira, 27 de março de 2020

MANUAL DE INSTRUÇÕES DE "SERENIDADE RESPONSÁVEL" NA REDE EM TEMPOS DE PANDEMIA


Funciona assim: 

Têm uns caras que - não importa sua “pseudo” preferência ideológica - destros ou canhotos - repetem absolutamente tudo o que ouvem. E é um tal de copia e cola pois não conseguem elaborar nada que não venha de suas próprias cabeças.

A esses, que hoje chamamos de gado, antigamente chamavam-lhes de massa de manobra (termo que detesto). Então, esse gado repete tudo que ouve dos seus "formadores de opinião". Os chavões, clichês e bordões da última década são: "coxinhas", "esquerdopatas", "globolixo", “vejalixo, “folhalixo” - tanto lixo que não entendo o motivo de continuarem assistindo ou lendo ( será?) - "mídia vendida", etc. Até mesmo "gado" é um clichê – neste caso, muito útil. Surgiu nas últimas semanas o "chineses assassinos", um insulto inexplicavelmente xenófobo, variante do "Vai pra Cuba"... Tem uma galera bem doente. 

Minha opção ao ouvir estes termos falados ou escritos é ignorar. Não consigo manter uma conversa com quem os usa, justamente por entender que em suas cabeças o patati não mantém comunicação efetiva com o patatá – talvez somente para funções básicas como não borrar as calças enquanto pasta. Lembra muito aquele filme "A múmia" onde o povaréu saía pelas ruas como zumbi falando "Imhotep, Imhotep,...".

Hoje, enquanto o gado muge, temos um dilema natural em tempos de Coronavírus em terras de Ursal: saímos às ruas para trabalhar e voltamos para casa com um vírus que pode contaminar e matar alguém de nossa família ou a outros com os quais temos contato ou... - e esse é ou outro lado - ficamos em isolamento - parcial, como podemos ver - ao tentarmos preservar o máximo de tempo possível a saúde dos nossos ficamos com o medo de não termos dinheiro para nos manter?

Depois de algumas boas horas de informação com especialistas, eu me posiciono por apoiar  a primeira alternativa. Entendo, mesmo não sendo um infectologista e me embasando nos argumentos dos profissionais da saúde, que estão lidando diretamente com esta guerra que a partir dos milhares de casos de contaminação e morte em outros países que tivemos a possibilidade de observar como antecedência enquanto a pandemia se expandia podem ser tiradas algumas lições e a maior delas é que o isolamento deve surtir efeito, se observado o tempo necessário. Qual tempo? O suficiente para diminuir a expansão da doença.

Percebeu?! Quase não usei vírgula, mas também não briguei com o coleguinha, não troquei mindinho, não desconvidei para a festinha no play. Observe como é possível elaborar sua opinião sem se contorcer de raiva e espumar pela boca. Aliás, neste caso, considere procurar imediatamente um médico.

Viu como funcionou. Nem mandei o #JMB à m...

*          *          *

Este texto fora escrito horas antes do "poder central" - em conjunto com os bancos - informar que deverá custear a folha de pagamento das empresas cobrando "juros módicos" aos empregadores por dois meses, com o prazo de pagamento maior que os das Casas Bahia.

Ora, se a economia ganha uma sobrevida de dois meses, me parece que o objetivo é que possamos permanecer em isolamento, mesmo que parcial, para que possamos cuidar da saúde da população, estou certo?

Ou não é bem assim que o Corona toca...?! 


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