terça-feira, 19 de maio de 2015

COISAS ODIOTAS EM ALGUMAS PESSOAS


            

As que mencionam frases feitas como se elas mesmas tivessem escrito e  fossem o novo Satre ou Nietzcshe.

As que não conseguem admitir que estão erradas.

As donas da verdade e para quem a opinião e atos de quem quer que seja deva estar obrigatoriamente alinhados com os seus ou o mundo vira pó.

As que sempre gritam para impor suas vontades, estando certas ou não.

As que acham que enganam todo mundo o tempo todo.

As que acham que a vida se define em argumentos prontos que alguém falou ou escreveu só para limitar outras pessoas.

As recentidas com a vida como se esta nos devesse alguma coisa.

As que querem tomar qualquer situação para si.

As que insistem que todos tem que viver como elas vivem.

As que se metem no que você está fazendo.

As que dão pitaco para você ficar rico mas "optaram" ser pobres.

As puxa-sacos.

As que ficam olhando o que você esta fazendo para copiar.

As que riem sem sentido ou por deboche.

As que não percebem que as coisas evoluem.

As que acham que o passado é melhor que o futuro.

As que não querem superar suas próprias limitações.

As que comem jiló ou azeitona e que querem obrigar a você gostar.

As que escrevem sobre coisas odiotas sobre pessoas odiotas.

domingo, 17 de maio de 2015

CONQUISTAS ou PARA ONDE VAI MINHA TAPIOCA


Ano pré eleitoral, fico só observando o movimento. Me deixa puto qualquer propaganda oficial falando sobre "nossas conquistas".

Se há uma conquista, subentende-se que existiu um desafio acordado entre a população e seja lá qual for o poder que alardea a tal vitória.

Eu, enquanto índio, tomo meu cauim e cuido da minha taba, contribuindo com minha tapioca, mas sem saber em que tigela os caciques vão usá-la. 

Normalmente, só volta o farelo.

Dos projetos e programas veículados na mídia, rádio, tv, outdoor, jornal, placas, folhetos, flyers, e todas as mídias que geram ônus desnecessários, estou farto.

Continuarei achando, até ficar velho, tarado e gagá, que o que fazem em benefício da população, é igual resposta de mãe à nota alta no boletim escolar: nada mais que sua obrigação. Em cada operação financeira, cada produto comprado, cada taxa, tarifa, contribuição que pago, deixo lá minha tapioquinha para o crescimento da tribo.

Então quando fazem propaganda com meu dinheiro dizendo que nome de rua e homenagem a difunto tem alguma relevância objetiva a minha vida ou que, buraco tapado, lixo recolhido, fumacê passando, criança na escola e outras OBRIGAÇÕES são conquistas, dou gargalhada, verbalizo um bom palavrão bem alto e cobro o balanço das contas.

Só podem estar de sacanagem, né ?!

sexta-feira, 15 de maio de 2015

TEXTO DA MANHÃ ESCRITO À TARDE


Se você estiver lendo isso, é porque provavelmente dá alguma atenção às bobices que escrevo - obrigado - e vem acompanhando a saga da minha bola de gude na vesícula. Assim, como finalmente rolou a tal cirurgia (toquem os clarins !), eis os fatos, pois já passei por isso (um dia explico). Tô meio dããã, mas como bons amigos pediram notícias e para não preocupar ninguém, segue o texto; também dããã.

"Nesta quinta, minha vesícula partiu desta para melhor. Está no céu das vesículas.


"Oh, pedaço de mim.
Oh, metade arrancada de mim..."


Para de show, Clayton !

O troço estava trazendo dor pra cacete! 
Acho que fui o único cara que entrou no centro cirúrgico duas vezes para fazer uma mesma cirurgia em dois dias diferentes. Um caso médico a ser estudado e, provavelmente, processado, se é que me entendem...


Na vez de hoje só lembro de colocar aquela roupinha de hospital que não protege a retaguarda e de ser levado pela enfermeira  para uma sala gelada. E esperar, esperar,...


No episódio de House de hoje, depois, minha abdução, pela manhã, acordei numa banheiro cheia de gelo e um celular. Brincadeira. Meus abdutores me deixaram no quarto com quatro furos na barriga.

Tá doendo ?


Tá. Mas passa logo, mentiram. Por favor, apesar de eu querer muito não me chamem para uma pizza. Por enquanto.

Beijos e abraços aos que mandaram mensagens legais ou me ligaram desde semana passada para saber da minha saúde. Valeu mesmo !!!

Aos que não mandaram, beijos, abraços e um piparote.

Semana que vem recomeço 100% ! Não, agora 99,8%."

FRONTEIRAS



Terça-feira. 18:40. Paciência limitada a 56k.

Ainda mais quando fico sem fazer nada.

Coloquei numa rádio qualquer e está lá o crássico do Welton Djom "Sacri fai cerol".


Mas logo depois rola um Anthony Hamilton para dar certa classe ao meu R&B noturno.

Alugo ela no Whats que não responde. Tem mais o que fazer, certamente. Aí resolvo escrever essas besteiras para passar o tempo. Na tela da tv, que assisto sem som, um monte de mendigos recebendo sopão. O ar condicionado arma e fica  mais barulhento que os meus fones.

Daryl Hall & john Oates. A mais chatinha deles. Irritante a seleção de músicas hoje. Rola Ronca Ronca mais tarde pela web, mas não posso ouvir. Meu pacote diário de "internet lixo azul sem fronteiras" acabou. Preciso de conexão.

Chato pra carai, véi. Se você ler isso na quarta, é porque a TIM venceu. Entra a 

Voz do Brasil. Putz !

A CRIANÇA QUE HAVIA EM MIM


Quando aquele monte de pastéis  que comi em casa, com  recheio de queijo que ajudei a colocar, não bateu bem, percebi que iria parar no hospital. Sem novidades. Já havia acontecido. Numa competição doida de quem comia mais porcarias, coloquei para dentro em uma tarde a mistura de joelhos, pastel chinês, sorvete, dois hambúrgueres de fast food e muita Coca-Cola. Eu tinha 
dezessete anos.

Ok, percebi que papo agora era outro. Vinte e oito anos e trinta quilos a mais, fazem uma certa diferença. As coisas mudam um pouquinho.
Deu para perceber, depois de visitar meia dúzia de médicos, fazer mais de uma dúzia de exames e passar a dizer "oi" na emergência do pronto socorro.

Gastrite, hérnia de hiato, cristais nos rins, gordura no fígado e um cálculo enorme na vesícula. Chega, né !?

Todos os médicos me "acusavam" de obesidade. Logo eu que durante muito tempo passei no "grupo" do sobrepeso. Bom, as dores que senti durante essas últimas semanas, me fizeram seguir uma dieta rígida pela primeira vez na vida.

Tô me sentindo meio animal de circo, "motivado" pela dor, mas perdi dezessete quilos. Tinha uma criança de dois anos em mim e eu não sabia. Acho que vou ter que parir pelo menos mais dois bebês para ajustar o IMC.

O HUMOR E O RECRUTADOR


Ultimamente, todas as vezes que algum humorista concede uma entrevista em um programa de tv, fico pensando em processos seletivos. Recrutadores fazem invariavelmente as mesmas perguntas: foi fácil chegar aqui ? Quais foram suas maiores realizações ? Quais suas maiores virtudes ? E seus maiores defeitos ? E bla bla blá... Qualquer ator medíocre passaria com tudo decorado, pelo menos, pela primeira fase. Um dia inventarão recrutadores que não sigam cartilhas.
No caso dos humoristas, depois de meia dúzia de perguntas idiotas, vem a célebre e irritante: qual o limite do humor ?

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PAUSA SAUDOSA: Saudades do Abujamra que invariavelmente questionava três vezes ao final de cada programa a sinuosa: O QUE É A VIDA ? 
Para a mesma pergunta repetida com sua enorme carga dramática, obtinha a resposta do "recrutador", a resposta de "validação", e a resposta desconfortável que o velho provocador queria. Era muito bom. Era muito Abu.


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Para responder ao "recrutador" da tv, se eu fosse humorista, teria o texto decorado, ator medíocre que sou. Diria que cresci vendo Buster Keaton e Chaplin e, já adulto, Rowan Atkinson, enrolando os outros ou se enrolando, sem dizer uma só palavra. Vi uma genial velha surda desabando em um banco de praça. Vi Bud Spencer e Terence Hill fazendo gaiatices no velho Oeste. Vi um senhor chamado Ronald Golias improvisar até a última risada. Assisti M.A.S.H. algumas vezes. Vi o Mussum chamar o Didi de cabeça chata e receber de volta o chamado de "grande pássaro de ébano". Ouvi Costinha, impagável, incorporando "a bichinha" paupérrima. Chico de "Painho", "Véio Zuza" e "Pantaleão". Jô de "Reizinho" e "Gardelon". Gargalhei com tudo do Monty Python e sua versão nacional TV Pirata. Me rendi ao humor do Saturday Night Life e dos dois Jerrys, o Lewis e o Seinfeld. Gastei muitas páginas de MAD. Li e me diverti com Veríssimo, Novaes, Millôr, Flávio Rangel e Ivan Lessa. Percebi o sarcasmo visual dos Caruzo, do Henfil e do Jaguar. Casseta Popular e Planeta Diário, melhores no papel que na tv. Hoje, mesmo com muitas temporadas, me divirto com os Simpsons e South Park sem qualquer constrangimento. Estas eram e são algumas das minhas fontes de riso. Perguntaria de volta: eles se impunham ou se impõe limites?

Propositalmente, não relaciono nenhum humorista da dita "nova geração". Eles ainda trilham seus caminhos. E são bons caminhos.


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Nunca fui dodói.

Não há melhor escola de humor que a "adolescência cruel". Lógico, desde que você leia, ouça e aprenda passar por ela sabendo que um trem pode passar também a qualquer momento, e entendendo que há grande diferença entre ter amigos sacanas e conhecidos grosseiros - aliás, esses merecem as "melhores" piadas, desde que você consiga correr mais que eles.

Vejo que o que se pratica hoje, nada mais é do que a boa zoeira adolescente ou aquela da mesa de bar. Só que os assuntos são sérios demais para alguns. Esse é o pior problema: os que não tem humor algum. Os que carregam suas vidas na ponta da faca. Os dodóis têm para todos os gostos: políticos, religiosos, étnicos, "lgbtistas", feministas, machistas, bipolares, narcisistas, depressivos, haters, fascistas, clubistas, swingers, ricos, pobres, bem resolvidos sexualmente, celibatários, onanistas físicos e mentais, otorrinolaringologistas (sempre quis usar isso num texto :-p ), etc.
Limite ? Ultrapasse. 

Schumy...Rubinho...Entendeu,né ?! Hoje sim, ok ?!
Alguns irão praguejar sua alma. Outros podem entrar atirando com capuzes. Outros ainda podem virar processos. Ou seja, tudo depende do quanto você está disposto ou não para os que não gostam de você; se você tem um bom colete à prova de balas; e o quanto sobra na sua conta bancária para depositar em juízo. Tirando isso, pode exercer seu humor à vontade. O humor é empreendedor. Não passa por processo seletivo.


O pessoal de RH vai praguejar...

QUANTO VALE O SHOW ?



Quando minha mãe ficava assistindo aos domingos ao Programa Sílvio Santos o dia inteiro, eu reclamava muito. "Pô, mãe, todo domingo é a mesma coisa...". Queria entender o que havia tão especial naquilo. Só tínhamos uma Telefunken colorida em casa e uma tv/rádio dessas de acampamento, onde vez por outra assistia fórmula 1  aos domingos, ou um filme qualquer em outro canal que não fosse a TVS - como era chamado o SBT naquela época. Como a "microtela" de uma tv em preto e branco - na verdade embassado e cinza - era diversão de índio, acabava assistindo ao Homem do Baú. Afinal de contas, hoje entendo que ele faz parte da história da comunicação por aqui. Rá-rai...

O último programa era o "Quanto Vale o Show", onde Araci de Almeida dava alguns mangotes para os calouros, e onde descobri que Décio Pitinini e  Nelson Rubens eram coisas nossas - ok, ok...
Boa parte das pessoas que iam, queriam ser valorizados; ganhar alguns "mangotes"; aparecer, se realmente tivessem talento, ou iam simplesmente pela farra.


E aí eu te pergunto (Marcelo Rezende fala isso a cada dez minutos): quanto vale o seu show ?


Existe alguma coisa que você, e só você, saiba fazer de um jeito único, especial, criativo e acha que mereça ser valorizado?

Hoje vi que um quadro do Picasso chegou ao preço de 179,4 milhões de dólares em Nova Yorque.


Tem uma exposição de suas obras rolando por aqui. Obras geniais, sem dúvida.
Veja, o dinheiro de corrupção na Petrobrás que está sendo devolvido aos cofres públicos não paga a obra de Picasso.

Como é dado o valor a estas obras ou a qualquer tipo de manifestação artística ? Quanto valeria o que você faz ?


Quem sabe você é um gênio do mundo das artes...

Melhor do que estar em delação premiada.

ALIVIANDO O PALHAÇO



Tem certas historinhas que não engulo.

Comi muito Big Mac (aquele que não dá sangue) pois sei que ele é feito de dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim. E comi alguns deles repetindo isso em menos do que os quinze segundos da promoção, entrando e saindo da fila declamando o jingle logo que a loja inaugurou. E não importava se a carne era de minhoca.

Neste momento em que adotei o celibato de fast food, não teria nenhum motivo realmente sério para defender a loja do Ronald. Mas...

Li a noticía que os brinquedos que são oferecidos quando se compra um Mac Lanche Feliz estão sendo alvos de uma ONG pois, segundo esta organização, se aproveitam do imaginário infantil para vender sanduiche para crianças. Implicaram com o desenho "A Hora de Aventura" e os brinquedos com seus personagens. Pergunta: você já comprou para seus filhos e levou um brinquedo desses para casa ? Lá em casa têm alguns deles com mais de dez anos. As traquitanas não quebram !

Queria saber qual o mal nisso?

Empresas promovem produtos para todo tipo de público. O infantil é um segmento que tem que ser atendido. Não se faz propaganda para os pais. Isto é ridículo. Entendo que a decisão ou não de comprar, esta sim, deve ser deles, os pais.

Daqui a pouco vão querer botar um plástico nas capas da Turma da Mônica por atentado violento à imaginação. Ou quem sabe colocar a Barbie de burca. Aquela história sobre as histórias do Monteiro Lobato é outra estupidez.

Algumas mentes distorcidas, parecem querer distorcer o sentido do Estatuto da Criança e do Adolescente para ganhar notoriedade.

E tem a justificativa tosca: "Ah, mas o pai e mãe que não podem pagar vão acabar traumatizando a criança." Estou traumatizado até hoje porque não tive uma bicicleta na infância... palhaçadisse demais.

Preocupação com crianças fora da escola, com o crack, com o tráfico infantil, com pedofilia, com agressão aos infantos, com falta de creches, com mortalidade infantil,... Não ! A prioridade é o bonequinho do Mac Lanche !

Faça-me o favor... vá descabelar palhaço !