Legal, tem uma galera com
pensamento positivo comemorando os casos de pessoas que se recuperaram do
covid-19.
Alguns colocam aspectos
religiosos na questão, como se uma graça de qualquer divindade fosse
responsável pela cura. Posso divergir, mas respeito. Não há nada comprovado, mas posso admitir que o restabelecimento da saúde de um individuo pode, além dos aspectos intrinsecamente biológicos e medicinais, ter relação com o quanto ele está motivado em se recuperar e que um desses motivadores pode ser sua fé.
Em contraponto, que a doença e as mortes
fizessem parte de um plano conspiratório ou espiritual e que isso estava sendo
tramado ou escrito em algum lugar inacessível aos, literalmente, pobres mortais. Aí,... No way, baby.
Fazendo as contas no Brasil e no
mundo, hoje, maio de 2020, a média percentual de óbitos na pandemia é de 7% – óbitos dividido por casos
confirmados.
Acho que está na hora de a gente ser
mais objetivo com o esforço para que isso seja menor, diminuindo o risco de
contágio através de medidas que já estamos carecas de saber que devem ser
feitas ; e, em hipótese alguma, esperar por um milagre.
A redução de mortes e
diminuição do contágio não depende de uma divindade; depende EXCLUSIVAMENTE de
você e quem o cerca. Depende EXCLUSIVAMENTE da sua motivação de viver e deixar viver. Depende EXCLUSIVAMENTE da sua consciência de que sem saber - pois a doença pode ser assintomática - você pode estar se matando e/ou matando ao outro - filho, pai, mãe, avós, sogro, sogra, amigos, etc. É somente a sua empatia que decide se você é bom ou se você é um merda.
Portanto, não há um fator divino para as escolhas de quem vai ou fica conosco, somente o fator humano.
Qualquer coisa diferente disso é igual
a soltar pombas brancas pela paz mundial. Espiritualmente poético, mas não adianta NADA.
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