segunda-feira, 8 de outubro de 2018

O QUE NÃO PODE SER

O QUE NÃO PODE SER
(ou: "Perdendo amigos III - o desafio  final; ou ainda: "Só ficou quem voltou branco")

Lembra daquela música do Titãs "... não é o que não pode ser..."

Três pessoas que me são muito caras, e que não se conhecem, perguntaram se seus amigos já leram os programas de governo dos candidatos à presidência que passaram para o segundo turno.

Queridos, tô achando meio tarde, não???? Mas tudo bem.

Sim eu li. De todos os candidatos com alguma relevância. No caso, os dois programas que restaram, eu achei ruins. Para mim. Não crítico a opinião de ninguém.

O do PT, em vários pontos, tem a terrível pretensão de aumentar os seus poderes e o tamanho do Estado. De quebra, namora com  a "regulação" dos órgãos de comunicação.

O do PSL, uma carta de intenções sem a menor objetividade de mais de 80 páginas, de conteúdo raso e panfletário, que diz que fará o mundo mágico de Oz, com o uso do Divino em seu slogan eleitoreiro. Ah! Resolve tudo. Só não explica como.

De um lado, um candidato corrupto cheio de processos pendentes, dependente da opinião de um chefe presidiário de um partido corruptor e corrompido.
De quebra sua experiência administrativa que lhe rendeu rejeição e derrota na tentativa de reeleição na prefeitura de São Paulo. Um boneco. Um  mamulengo. É fato, não é #fake! Pergunta pro Álvaro Dias...

O outro candidato que promete "terceirizar" sua própria presidência pois não tem o menor conhecimento de economia, gestão, ou o que quer que seja minimamente importante para administrar um condomínio, que dirá um país; e acha isso ótimo: "Vai perguntar para o "Posto Ipiranga" - fala sorrindo. É um homem tosco. Um deputado do baixo clero que nunca foi representativo na Câmara. Já tentei imaginar ele na ONU ao lado de Angela Merkel e senti vergonha. Ganhou apoio popular graças aos bate bocas com Jean Willis e Maria do Rosário. Essas duas figuras lhe deram uma notoriedade pitoresca, folclórica e agora  perigosa. Sem os dois, Bolsonaro passaria vida por mais mandatos ganhando dinheiro fácil do contribuinte, fazendo discursos para ninguém.

A mim, não importa se proclamam-se de esquerda ou direita.

É patético dizer que um país que está inserido até o talo no mercado internacional vai virar um arremedo como a Venezuela, de Chaves e de Maduro, se o oponente vencer. Isso é querer angariar votos do populacho ignorante.

Da mesma forma tentar fazer com que a população acredite que, de uma hora para outra, um partido que viveu como um carrapato nas tetas do Estado por três mandatos será a solução para o caos. O PT é um caso raro de lavagem cerebral coletiva: viveu às custas das maiores corporações do Brasil, fez negociatas, ofereceu concessões e regalias a todas elas, lucros inimagináveis a alguns, sempre solidários, bancos e a plebe ignara continua achando que é um partido de esquerda por que ajustou programas assistencialistas com as migalhas que sobraram.

Esquerda ou direita não existem por aqui. Só nesses  discursos populistas e ridículos  que tenho ouvido nas últimas seis eleições.

Nunca fiz isso, mas se não estiver afim, nem voto. Com o dinheiro da multa compro menos pão e vejo se engato uma dieta.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

CONVICÇÕES


O pronome possessivo é algo importante na língua portuguesa. Deve demonstrar pertencimento.
Assim, MINHAS convicções sobre o que quer que seja são somente minhas. Posso compartilhá-las se quiser, mas ainda assim serão só minhas.

Não posso, e não devo - e isto é uma destas convicções - querer fazer com que você pense como eu. Seja através de meus argumentos normalmente falhos ou por argumentos alheios (o que beira a idiotização) e mais falhos ainda. Hoje, eu diria que há uma enorme quantidade de argumentos falhos que geram uma ridícula hostilidade coletiva.

Eu, enquanto senhor de minhas convicções falhas, posso demonstrar que existe uma via diferente da sua (e no planeta são bilhões de vias) que pode estar totalmente oposta ao que você pensa, ou pode eventualmente estar  alinhada a você.

Se conseguimos alinhar em algum momento da vida as nossas vias,  parabéns, você está lendo este texto.

O difícil é dar o braço a torcer que, ainda que convictos, ambos possamos estar errados.

Estou convicto que você entendeu.