sexta-feira, 28 de novembro de 2014

TEM AQUELA DO PORTUGUÊS...


Acho que escrevo mal. E você que me dá com sua leitura esse grande prestígio, certamente já deve ter percebido. Amizade conta, né ?! Mas como eu gosto de ficar metendo o bedelho em tudo, acabei percebendo: até que não tão mal assim!

Depois que li na grafia de um livro didático "Espíritu Santo" para falar do estado da região sudeste, eu, que não sou lá tão religioso, evoquei o Espírito Santo e orei pela a grafia correta. Alguns capixabas enfartaram, outros se indignaram. Eu, como ando vendo coisa pior - do tipo "encino médio" numa camisa de uma escola pública em Brazilândia - DF - não me assustei tanto, só dei essa rezada.

O que me irrita é ver um erro sendo propagado por aí. As pessoas levam o erro como piada e com o tempo, quem não entendeu a piada, passa a achar que o errado está certo. Como estou ficando rabugento, cada vez que vejo o vírus sendo transmitido, minha rabugice aumenta.

No Twitter, um valoroso jornalista postou que o o tráfego estava "paralizado" nos dois sentidos. Paralisado fiquei eu ao perceber que depois da soma de 9 + 3 + 4 = 16 anos de bunda nas cadeiras do fundamental à graduação, e possíveis estágios e experiências, o graduado "jornalista" ainda não tenha tido a oportunidade de parar e perceber que a paralisia era sua. Falta de corretor ortográfico deve ser uma M...!

O mesmo vale para o banner da tal pizza "calabreza" pendurado na porta do restaurante. Indigesto. Ainda mais, se acompanhado de muita "mussarela de búfalo" - além de faltar-lhe o "ç" espremeram o pobre animal pensando que era uma fêmea da espécie. 

Mas têm outros. 

Tem um pessoal que gosta de engolir a letra "i". Com a fome saciada, vão à "cabelerera", ao "sapatero", e depois de trabalhar o dia "intero", por meses e meses, querem curtir e compartilhar o Carnaval em "feverero". Dói... 

Tem a turma do paladar afeiçoado ao "r". Comem todos ! É verdade que uma vez ou outra acrescentam um acento para não se dizer que são mal educados (sic) ! Algo como: Vou "sai". Vem me "buscá". Pode "trazê" o documento? 

E assim segue o rato não roendo a roupa do rei de Roma.

A mais nova que tenho visto, e filólogos debruçam-se sobre os livros para entender, é a tal: "chatiada". Varreu a Internet e já estão produzindo até camisetas ! 

Quando vejo, dá vontade de soltar um palavrão, mas depois passa e fico só um pouco chateado. Melhor pedir uma pizza. Portuguesa!

*               *               *

Pessoal, têm novidades no site Clayton Craveiro. Dê uma passadinha lá ! 






segunda-feira, 24 de novembro de 2014

BICOS


Tá bom, tá bom... Postar fotos parece ser bem legal ! 

Eterniza momentos. Melhora a autoestima. Demonstra criatividade. Guarda e compartilha emoções entre pessoas. Registra um olhar diferente. Apresenta as marcas das mudanças de ontem e hoje, etc... 

Mas, na boa, você tem absoluta certeza que o tal biquinho ou beijinho forçado  é bonito!?

Se for para dar graça criativa à uma foto; perdeu o sentido. Todo mundo faz.

Se for para demonstrar um imaginário poder de sedução feminino, esqueça; não rola. Constrange.

Se for para parecer com as famosas bocas de Angelina Jolie ou Mick Jagger - cada um a seu modo, claro - ou até mesmo a tal Bruna Marquezine - que por motivos indecifráveis, não pára de fazer isso; não, você não se parece com nenhum deles.

Se for para estimular um instinto narcisista, dá uma boa olhada no espelho e avalia com seriedade se fica bom.

Se sua beleza exterior for grande, perceba que atrapalha o que há de perfeito. 

Se sua "beleza interior" for maior, fica meio ridículo, não?!

Se for para mandar um beijinho, mande uma carta, um e-mail, um SMS, dê um telefonema, ou espere para fazer pessoalmente. Aliás, o contato físico é muito mais gostoso.

Mas peraí, peraí... 

Pensando bem, em tempos bicudos como estes, melhor uma distribuição farta de beijos do que um monte de gente chorando.

Então, beijinhos; e como dizem por aí: mesmo que seja no ombro...



sábado, 22 de novembro de 2014

O COMETA GATO E O SEU PRÓPRIO NARIZ


Quando Rosetta finalmente agarrou o 67P/Churyumov-Gerasimenk, a comunidade científica vibrou. Era o fim de uma expectativa que durara 10 longos anos. Ele cuidava de sua vida rodando no sistema solar, sem saber que durante todo esse tempo dava os ombros para a pequena Rosetta. Ela, que o seguia como louca, voando atrás de um choque das galáxias, mas no fundo querendo fazer somente um "teste do sofá", para tentar engatar um relacionamento onde só ela levaria vantagens. Se bobeasse, rolaria até um DNA...

O problema é que “Chu-gera”, como é conhecido nas rodas de pagode do universo, sempre foi afeito a circular por aí, livre de quem quer que fosse. Mas na semana passada, a tal da Rosetta agarrou-se ao pobre "Chu" e começou a espalhar detalhes sobre a forçosa relação do casal. Começou com selfies indiscretos - informações até então ocultas... 

Hoje, pouquíssimo tempo depois, sabe-se até, que por baixo daquele visual de gatão celeste de calda brilhante, existe alguém que é um verdadeiro gelo. Ela agiu como uma perfeita "maria satélite"! A boataria se espalhou pela rede de asteróides. Estrelas caídas falam à boca pequena e de forma pejorativa que "Chu" é só mais um gatinho bonito - não lhe dando crédito nem ao conteúdo ! Uma falácia ! -, e o pobre vê sua reputação e particularidades indo órbita abaixo, caindo no buraco negro da imprensa de fofocas. 

Aqui na terra o tempo não corre muito diferente do que atravessa nossos céus. 

A "imprensa" alimenta um público ávido por escândalos. Fala-se da traição das elegantes (obrigado, Rubem Braga) e de outros nem tão elegantes assim. Reatam-se relações em público; terminam-se romances; falências são declaradas; beijos em amantes são fotografados; artistas andando de ônibus são noticiados; filhos fora do casamento viram tema na roda dos que não tem nada o que fazer.

Fico pensando no meu nariz. É, esse que aparece aí em cima ! 

Já é difícil carregar ele por aí com todo seu seu "porte e altivez". Ele que sempre aponta a direção para onde devo chutar as tristezas e desviar de problemas. Ele que com faro claytino encontra soluções. Ele que faz um trio porreta com meu umbigo e meu fiofó; me ajudam a tomar minhas próprias decisões. 

Imagino que todo mundo tenha complicações semelhantes na vida e ainda assim acham tempo para ficar tomando conta do trio dos outros. Na boa: é muita falta do que fazer!

- Ah, "mais" é só pra "exparecê a mênti..."

Existem formas melhores de espairecer a mente. Leia uns bons livros. Pratique esportes. Trabalhe. Pague suas contas. Faça um bocado de sexo. Estude o que gosta. Cuide de sua família. Estude o que precisa. Converse com seus pais. Beije seu par perfeito. Converse com gente de alto astral. Pense positivo. Crie uma poesia. Conte histórias para seus avós. Conte outras para seus filhos. Curta uma praia. Viaje quando der. Beba um suco de frutas frescas. Tome uma cerveja com os amigos. Abra um negócio. Veja um filme legal. Prepare aquele prato delicioso. Componha uma música... Leia as notícias, muitas e muitas notícias, mas por favor, descarte o que não te fizer crescer.

Se ocupe com sua própria vida, enfim !!

Sobre o pobre "Chu", que teve sua privacidade invadida, foi bem esperto e deu logo um jeito de deixar Rosetta nas sombras. 

Boa, "Chu" !

*            *            *

Pessoal,

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Beijos e abraços !!

sábado, 15 de novembro de 2014

FOI PRAGA DO VISCONDE !



Depois de 28 comandantes (é, eu fui lá contar !), hoje comemora-se (?!) o aniversário de número cento e vinte e cinco, desta nau que segue à deriva, flutuando sobre o Atlântico Sul.

Em que pese a boa vontade do velho Marechal Deodoro que saiu de seu recolhimento, vencendo uma asma ou uma dispneia qualquer, depois de ouvir o blá blá blá de uns revoltados da corte, para largar seu cobertor quentinho, vestir  roupa de campanha, dar uma volta em seu cavalo no Campo de Santana, driblando os camelôs, trombadinhas, cones da pista reversível , guarda municipal balançando os braços, dois motoboys atropelados, três manifestações de qualquer coisa, para enfim gritar com a pouca força que seus pulmões dispunham naquele momento  “Viva a República”, e ao voltar para casa, ao tirar suas botas, puxaria o ar com força e se perguntaria: caralho, será que vai dar merda ?

Deu.

O futuro nos revelaria algumas durezas republicanas: a velha e a nova repúblicas; Estados velhos, novos e corruptos; alguns  golpes e ditaduras; mortes pré- eleitorais de candidatos,  um suicídio, um presidente eleito morto antes da posse, uma renúncia, um impeachment,... Cento e vinte e cinco anos danados esses.

Na última metade do percurso que esta barca chamada República navegou, nós assistimos do convés com rodos nas mãos e Havaianas nos pés, os comandantes atolarem em bancos de areia, baterem em recifes de corais, enfrentarem tempestades por estarem preocupados com seus próprios umbigos. Davam atenção a outras coisas mais importantes que comandar o navio. Bradavam ao chegar na cabine: vassourinhas e caça a marajás; confiscos e congelamentos; trocas de moedas e empréstimos externos;  cinquenta anos em cinco; bolsas e pronatecs; baboseiras para nós, a marinheirada suada...

Já faz alguns meses, enquanto a nau entrava em um redemoinho no triângulo das bermudas, que a primeira "comandanta” e seus imediatos calavam a boca para qualquer coisa que dissesse respeito a “lavagem à jato” do navio - "melhor deixar sujo, né gente ?!".Preocupavam-se em lavar mal lavado  outras  coisas nos últimos anos de viagem.

Mas tudo isso é praga do Visconde de Ouro Preto – ouro preto (?) hmmm, as coisas começam a fazer sentido – que em defesa da monarquia, da qual participou efetivamente, escreveu: A república se levantou sobre os broquéis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na história e terá uma existência efêmera!”

A existência é longa, mas a origem continua criminosa.



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

IDONEIDADE DA INFORMAÇÃO


Mas é lógico que todos têm direito às suas opiniões.

Até as opiniões pagas, são legitimas. Seu ônus é o caráter duvidoso e parcial. Deixa de ser opinião e se torna propaganda.

Quando um formador de opinião, ou uma agência trocam seus serviços em nome de campanhas promocionais de marcas sem idoneidade, tornam-se alvos- e acrescento, com justiça - de comentários fortes sobre seu caráter obtuso e mercenário.

Hoje, temos ferramentas de acesso à informação que antes não dispúnhamos. A mídia impressa, o rádio e os primórdios da TV, eram a única fonte de informação de massa, e muitas vezes, tratavam as notícias com parcialidade. Ou ainda o conhecimento raso sobre determinado assunto imprimia ao grande público a degustação panfletária deste ou daquele lado.

Goebbels defenestrava de aviões nazistas propaganda antissemita em “santinhos” hitleristas. Hoje só é preciso um post para disseminar ódio ou informações duvidosas. É bom perceber que palavras, quando repetidas sistematicamente ainda podem virar verdades na cabeça dos sem-noção.

Aqueles que não têm acesso e consequente conhecimento dos alinhavos e conchavos que rolam como pedras por aí, é bom ter muito cuidado com as palavras gritadas ao vento, e da credibilidade de determinadas fontes.

Com a velocidade atual e a diversidade de meios de consulta, ater-se a comentários ou à propaganda de um único veículo ou fonte é dar um tiro, não no pé, mas na cabeça. A única prejudicada é a própria inteligência. 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ENQUANTO ISSO NO CAMPUS...



Vendo somente as manchetes, (de janeiro até agora, ok?!) os casos de estupros; da morte de um estudante encontrado afogado na raia olímpica da universidade depois do consumo de drogas durante uma festa; da quebradeira no começo do ano e consequente invasão no campus cometida por alunos que manifestavam-se para que a força policial não entrasse nas dependências da USP para cumprir seu dever e conter uma onda de assaltos e de tráfico comprovadas (sob o contra-argumento débil e energúmeno de se sentirem "oprimidos" pela segurança pública); dos casos de trotes violentos, constrangedores e preconceituosos, entre outros absurdos, só me faz ter a percepção do tipo de pessoa de se infiltra como aluno, ou "amigo de aluno" na maior universidade do país e, em qual ambiente irão tentar obter formação os nossos futuros profissionais.


Para mim o ambiente de um campus deve estar TOTALMENTE voltado para o desenvolvimento intelectual e aprendizado da aplicação deste conhecimento.

E SÓ !!!

Festas no campus? Raves? Trotes? Proibição total !!! E aplicação da lei. Estudantes são cidadãos como quaisquer outros - nem mais, nem menos. Hoje estou radical !!

Se querem festas, tomem chá em suas casas com um livro nas mãos, sob supervisão de seus pais ou responsáveis. Encheu o saco !!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

"CARNAVAL"





      "Acordou excitada. Seria seu primeiro desfile na avenida. Onde morava causava frisson. Sua silhueta alongada, mas com curvas perfeitas nos lugares certos; seus cabelos com ondulações que lembravam mares, sereias; seu sorriso belíssimo com covinhas que surgiam brindando os olhares desejosos tornava-a linda. Uma princesa desfilando nas ruas do bairro. Seu ego inflado pelos olhares masculinos, no entanto, não representavam nada.

Tudo o que ela queria era que aquele homem com quem encontrava no ônibus todas as noites olhasse para ela. Por que ele nunca olhava para ela? Enquanto todos os outros conversavam baixinho quando ela passava; puxavam conversa com ela sob qualquer pretexto; olhavam para ela sorrateiramente ou explicitamente; ele, somente ele, dispensava olhares para qualquer outra mulher, menos para ela. O que ele queria? Que ela falasse com ele? 

Perguntasse “Ei, eu estou aqui. Sou maravilhosa, você não acha?” O que ele queria? "


Trecho do livro : "Carnaval"
Lançamento em janeiro de 2015




domingo, 9 de novembro de 2014

BENGALAS


Na última quarta, vi um post amigo(a) que dizia logo no começo da conversa: "cansei de adolescente". Reclamava de um vício de linguagem; talvez o mais chato dos últimos tempos. Concordei. 

Tudo bem, a língua evolui, bordões são assimilados, gírias fazem parte do cotidiano de determinados grupos e tal... O que perturba é quando o vício está em todos os lugares, bocas, ouvidos e se repetem em todas as conversas. Uma  grande bengala da língua. Muitas vezes sem o menor sentido de estar ali.

As horas passaram apressadas durante o dia, como se não quisessem esperar por mim, que andava devagar por causa do meu guerreiro e combalido tornozelo torcido, ainda em fase de recuperação. Sem nenhuma bengala, "devagar, devagarinho" como Martinho, andei até a estação das barcas no final do dia, onde pude constatar o que o post da manhã reclamava. Tento transcrever, a conversa que ouvi durante os quarenta e cinco segundos enquanto esperava a barca encostar no pier. Juro que não é mentira, muito embora não tenha gravado palavra por palavra, o teor foi este:

"- ... Tipo, tô com saudade do meu irmão.
 - Pô, tipo você reclama tipo o tempo todo dele.
 - Mas ele viajou e tipo faz maior falta. Eu queria ter tipo três irmãos como você.
 - Por quê?
 - Tipo eles seriam tipo companhia. Minha mãe fica tipo o dia inteiro fora. Tipo workaholic. E tem aquilo. Como ele viajou, o Mr. X, não vai mais lá. Tipo deu um tempo e eu fico nessa. Tipo morrendo de saudades. Ele não liga, sabe? Tipo dando um tempo. Tipo assim: dando gelo. Eu fico tipo insegura. Ontem não fui nem a aula. Tipo fiquei mal mesmo. Entendeu ?! Minha mãe ontem perguntou tipo mãe (?) o que é que eu tinha, tipo pra fazer uma presença. Eu fiquei na minha. Tipo não disse nada. Entendeu?!"

Ainda bem que a barca chegou e pude cruzar a bela e suja Guanabara pensando em tipo outra coisa, entendeu?!



*                    *                    *


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Beijos e abraços !!


domingo, 2 de novembro de 2014

TEOREMA DE DOMINGO


Tirei o domingo para não fazer nada !

Levantar cedo? Hm Hm... Ir à piscina ? Hm Hm... Praticar algum esporte? Hm Hm... Ajudar a agitar um almoço? Hm Hm... Até mesmo ver TV na cama, não parece uma opção interessante.

Saí por aí, sem pensar nos pratos depois do almoço, sem pensar no trabalho, sem pensar em estudar ou ler os livros que comprei, sem pensar na farofa rançosa da política dos últimos dias, sem pensar em nada. 

Quando voltei, gelo no tornozelo recém torcido. Para não deixar o restante do corpo com ciúmes, uma boa gelada pois o calor é imenso.

Meu computador me fala agora que "as definições de vírus foram atualizadas". "Obrigado" - agradeço à voz feminina que vez por outra fala comigo desta máquina nervosa. Minha resposta é mais constante e automática que o boa noite respondido ao apresentador do telejornal. Ela me parece bem educada; não custa nada.

Para entrar no clima, clico na pasta "O Rappa' e seleciono o arquivo "Me deixa". 

A gelada está acabando e nem está mais tão gelada assim.

Fico navegando pelos sites, aqui e ali e deparo com um pequena manchete com o título "Sobre a arte de viver", mencionando Roman Krznaric, que era tema de um grupo de debate e tal; mas isso é outra história.

Acho que a tal arte de viver tem muita relação com as liberdades que você se permite e que de uma maneira ou outra afetam às pessoas a sua volta.  Se essas liberdades te fazem bem, se o sentido disso ou daquilo caminha paralelo com as suas convicções ou desejos.

Escrevi numa pseudo letra de música que "A arte de viver/ é a arte de morrer/ todo dia/ sem sentir doer". Talvez seja assim, pois desde que nascemos estamos morrendo. Nossas células se renovando e tomando lugar das outras que se foram. Os radicais livres agindo em nossos tecidos. O ar e o sol envelhecendo nossa pele. Penso no comercial da Avon.

Tem gente que compõe essa arte ou a busca de sua própria felicidade a partir de caminhos distintos. A disposição para o trabalho, o desenvolvimento pessoal, o alinhamento com preceitos religiosos, o convívio familiar, a procura da fama, o desejo da riqueza financeira, etc. Para estas, a composição vem de fora para dentro; mesmo que em algum momento ela acabe sendo interiorizada.  Eu que vivo ouvindo música lembro de mais um versinho: "É só você que deve decidir / o que fazer pra tentar ser feliz" - no tal "Teorema" do Renato.

Sou um sujeito simples. Hoje o MEU Teorema foi composto por acordar bem tarde, um almoço com a família por aí, dar um presente a quem amo muito, um delicioso sorvete de tangerina, um banho de mangueira de roupa e tudo, uma cerveja bem gelada e escrever essas besteiras que um ou outro vai ler. Para quem não ia fazer nada, até que fiz muito e estou feliz. Mesmo com o tornozelo "meia boca".

E no SEU Teorema? Tudo se encaixa?

Tomara que tenha sido bem desenhado nesse domingo.