domingo, 2 de novembro de 2014

TEOREMA DE DOMINGO


Tirei o domingo para não fazer nada !

Levantar cedo? Hm Hm... Ir à piscina ? Hm Hm... Praticar algum esporte? Hm Hm... Ajudar a agitar um almoço? Hm Hm... Até mesmo ver TV na cama, não parece uma opção interessante.

Saí por aí, sem pensar nos pratos depois do almoço, sem pensar no trabalho, sem pensar em estudar ou ler os livros que comprei, sem pensar na farofa rançosa da política dos últimos dias, sem pensar em nada. 

Quando voltei, gelo no tornozelo recém torcido. Para não deixar o restante do corpo com ciúmes, uma boa gelada pois o calor é imenso.

Meu computador me fala agora que "as definições de vírus foram atualizadas". "Obrigado" - agradeço à voz feminina que vez por outra fala comigo desta máquina nervosa. Minha resposta é mais constante e automática que o boa noite respondido ao apresentador do telejornal. Ela me parece bem educada; não custa nada.

Para entrar no clima, clico na pasta "O Rappa' e seleciono o arquivo "Me deixa". 

A gelada está acabando e nem está mais tão gelada assim.

Fico navegando pelos sites, aqui e ali e deparo com um pequena manchete com o título "Sobre a arte de viver", mencionando Roman Krznaric, que era tema de um grupo de debate e tal; mas isso é outra história.

Acho que a tal arte de viver tem muita relação com as liberdades que você se permite e que de uma maneira ou outra afetam às pessoas a sua volta.  Se essas liberdades te fazem bem, se o sentido disso ou daquilo caminha paralelo com as suas convicções ou desejos.

Escrevi numa pseudo letra de música que "A arte de viver/ é a arte de morrer/ todo dia/ sem sentir doer". Talvez seja assim, pois desde que nascemos estamos morrendo. Nossas células se renovando e tomando lugar das outras que se foram. Os radicais livres agindo em nossos tecidos. O ar e o sol envelhecendo nossa pele. Penso no comercial da Avon.

Tem gente que compõe essa arte ou a busca de sua própria felicidade a partir de caminhos distintos. A disposição para o trabalho, o desenvolvimento pessoal, o alinhamento com preceitos religiosos, o convívio familiar, a procura da fama, o desejo da riqueza financeira, etc. Para estas, a composição vem de fora para dentro; mesmo que em algum momento ela acabe sendo interiorizada.  Eu que vivo ouvindo música lembro de mais um versinho: "É só você que deve decidir / o que fazer pra tentar ser feliz" - no tal "Teorema" do Renato.

Sou um sujeito simples. Hoje o MEU Teorema foi composto por acordar bem tarde, um almoço com a família por aí, dar um presente a quem amo muito, um delicioso sorvete de tangerina, um banho de mangueira de roupa e tudo, uma cerveja bem gelada e escrever essas besteiras que um ou outro vai ler. Para quem não ia fazer nada, até que fiz muito e estou feliz. Mesmo com o tornozelo "meia boca".

E no SEU Teorema? Tudo se encaixa?

Tomara que tenha sido bem desenhado nesse domingo.







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