Mas é lógico que todos têm direito às suas opiniões.
Até as opiniões pagas, são legitimas. Seu ônus é o caráter duvidoso
e parcial. Deixa de ser opinião e se torna propaganda.
Quando um formador de opinião, ou uma agência trocam seus
serviços em nome de campanhas promocionais de marcas sem idoneidade, tornam-se alvos-
e acrescento, com justiça - de
comentários fortes sobre seu caráter obtuso e mercenário.
Hoje, temos ferramentas de acesso à informação que antes não
dispúnhamos. A mídia impressa, o rádio e os primórdios da TV, eram a única
fonte de informação de massa, e muitas vezes, tratavam as notícias com parcialidade.
Ou ainda o conhecimento raso sobre determinado assunto imprimia ao grande público
a degustação panfletária deste ou daquele lado.
Goebbels defenestrava de aviões nazistas propaganda antissemita
em “santinhos” hitleristas. Hoje só é preciso um post para disseminar ódio ou
informações duvidosas. É bom perceber que palavras, quando repetidas
sistematicamente ainda podem virar verdades na cabeça dos sem-noção.
Aqueles que não têm acesso e consequente conhecimento dos
alinhavos e conchavos que rolam como pedras por aí, é bom ter muito cuidado com
as palavras gritadas ao vento, e da credibilidade de determinadas fontes.
Com a velocidade atual e a diversidade de meios de
consulta, ater-se a comentários ou à propaganda de um único veículo ou fonte é
dar um tiro, não no pé, mas na cabeça. A única prejudicada é a própria inteligência.
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