segunda-feira, 9 de março de 2015

ODORES E SABORES




Os odores pairam no ar. 

Passo pela rua e sinto as carnes e temperos sendo assados, fritos, cozidos e invadindo minha narinas sem pudores. 

A muçarela derrete sobre a massa em um forno qualquer e imagino-a tostando na lateral do tabuleiro, insensível a quem passa do lado de fora.

A fumaça sobe branca a espera de um papa para saborear maminhas, picanhas, fraldinhas, mas as paredes estão na frente.

O molho para a massa borbulha com seus misteriosos temperos e penetram pela janela sem escolha de lugar para se esconder e ser sentido.

A picanha suína é assada na pressão e se imagina na terrina repousando a espera que em uma tranquila mordida derreta na boca.

A linguiça é frita com a cebola para que, junto com a cerveja gelada, faça um trio a ser comido sem elegância mas com sabor. 

O aipim frito, crocante por fora e macio por dentro espera ser mastigado com paciência, sem pressa. Monges devem comer aipim.

O peixinho empanado repousa sobre um prato e se associa à um molho à campanha e uma leve farofa.

O olhar procura o cítrico.

Enormes maracujás aguardam ser cortados para que a polpa seja batida com gelo e acalmar os ânimos.

Limões são espremidos até o bagaço e seu líquido verde chá se avoluma junto ao açúcar e muito gelo para ser bebido em goles generosos.

As laranjas fartas de sumo que escorre pelo recipiente enche copos e copos e são deliciadas em sua acidez pelas papilas gustativas.

Dolorosa e inoportuna, assim é a gastrite. E tome batata cozida, leite desnatado,  pera, bananinha, mamão, peito de frango, peixe,... E remédio.


Troço sem graça.







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