Os odores pairam no ar.
Passo pela rua e sinto as carnes e temperos sendo assados, fritos, cozidos e invadindo minha narinas sem pudores.
A muçarela derrete sobre a massa em um forno qualquer e imagino-a tostando na lateral do tabuleiro, insensível a quem passa do lado de fora.
A fumaça sobe branca a espera de um papa para saborear maminhas, picanhas, fraldinhas, mas as paredes estão na frente.
O molho para a massa borbulha com seus misteriosos temperos e penetram pela janela sem escolha de lugar para se esconder e ser sentido.
A picanha suína é assada na pressão e se imagina na terrina repousando a espera que em uma tranquila mordida derreta na boca.
A linguiça é frita com a cebola para que, junto com a cerveja gelada, faça um trio a ser comido sem elegância mas com sabor.
O aipim frito, crocante por fora e macio por dentro espera ser mastigado com paciência, sem pressa. Monges devem comer aipim.
O peixinho empanado repousa sobre um prato e se associa à um molho à campanha e uma leve farofa.
O olhar procura o cítrico.
Enormes maracujás aguardam ser cortados para que a polpa seja batida com gelo e acalmar os ânimos.
Limões são espremidos até o bagaço e seu líquido verde chá se avoluma junto ao açúcar e muito gelo para ser bebido em goles generosos.
As laranjas fartas de sumo que escorre pelo recipiente enche copos e copos e são deliciadas em sua acidez pelas papilas gustativas.
Dolorosa e inoportuna, assim é a gastrite. E tome batata cozida, leite desnatado, pera, bananinha, mamão, peito de frango, peixe,... E remédio.
Troço sem graça.
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