sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

PROCESSO SELETIVO (da série: PERDENDO AMIGOS)


Fico aqui pensando que ser eleito para algumas legislaturas não deve ser um trabalho tão difícil. Se quiser mesmo, precisa defender uma minoria qualquer, levantar uma ou duas bandeiras, assumir um discurso voraz contra um estado incompetente e conseguir algum suporte financeiro. É uma boa receita, não?!
Encontramos casos de "sucesso" por aí. Alguns me vêm à mente. Sérgio Cabral, o guardião dos aposentados - espero que se aposente na cadeia. Jean Willis, o defensor estridente da causa LGBTSTUVXZ, e, ultimamente, seu antagonista planejado (feitos um para o outro), Jair Bolsonaro, a voz dos militares no plenário. Veja a diversidade é um princípio democrático perfeito. Opiniões e representatividades, mesmo divergentes são bem vindas no pacote. Não se sobrevive só de pizza de muçarela.
Voltando à vaca fria, este último, é o seu Jair, com cara de síndico em reunião de condomínio, após mais de um quarto de século como congressista, teve apenas dois projetos de lei aprovados. Sua relevância política na casa legislativa aparentemente é ínfima. Na minha vida, é nula.
Agora, como todo cidadão deste país, ele tem direito à candidatura à presidência. Fiquei aqui pensando nele sentado ao lado de Angela Merkel. Discursando no púlpito da ONU. Na foto do G20. As imagens se esmaeceram de imediato. É isso! A alcunha de mito é uma fantasia do imaginário infantil, como o Saci Pererê, o boitatá, a mula sem cabeça,... Quando crescemos são esquecidas na memória. A não ser que você queira permanecer em uma eterna infância. 
Não há cacife que banque um bravateiro por muito tempo. Collor foi assim. Não há capacidade por trás de um discurso lugar comum. Vagas ideias fixas repetidas à exaustão. Um grande vazio. Se alguém fala o que o populacho gostaria de ouvir, não seria por isso que deveria votar neste ou naquele. Um ex-presidente aí é o exemplo deste caso. Agora ele se envolve em outros casos, só que no judiciário.
É óbvio que exijo que meu candidato esteja bem cotado no  ECA!!! 
Será que ele passa no segundo item?
Não ter um processo nas costas é uma das coisas mínimas que você exigiria para alguém que quer casar com a sua filha, imagine para um candidato à presidente. É algo como a Libertadores para o Flamengo. É obrigação.
No processo seletivo à presidência, para mim, ele não passa da primeira etapa. Passa, talvez, pela entrevista do RH, repetindo o discurso decorado , ensinado por um Max Heringer da vida, mas não passa na entrevista com o gerente. Faltam-lhe habilidades e competências. É bom que sejamos o gerente de todos os possíveis candidatos. 
CPF limpo não basta, garoto.

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