Pelé morre aos 82 anos.
Podemos dizer que muito de nossa matriz contemporânea popular deve-se a ele.
A superação do “complexo de vira-lata” mencionado por Nelson Rodrigues, e contida em seus feitos esportivos. De certa forma, o orgulho nacional por finalmente ser reconhecido como o melhor em algo; ter um de seus chamado de rei, interfere diretamente no que está intrínseco no brasileiro. Não seríamos, ainda hoje, chamados como o país do futebol após tantas derrotas consecutivas em Copas.
Mais do que esportivo, o orgulho de uma raça pelo mundo afora em um país miscigenado e composto de maioria negra perde, talvez, o seu maior representante. Aquele que rompeu uma estrutura de exclusão social através do talento nos gramados.
Sem saber, somos um pouco do que somos, nossa identidade, nossa cultura, por conta de Pelé.
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