terça-feira, 8 de agosto de 2017

DIA DA MÃE


Fiquei mais velho outro dia e fiquei pensando numas paradas aí...
Talvez a coisa mais importante que eu tenha aprendido com minha mãe (e também com meu pai) é ter crescido com o espírito livre. Desapegado de conceitos que possam amarrar o que faço, como penso ou quem sou.
Vez por outra eu lembro e digo que nunca levei uma palmada dela. E é verdade!

Nem por isso fiquei mimadinho.

Nem por isso virei um mal educado.

Nem por isso cresci vagabundo.


Tá bom, ela falava um monte. Na adolescência, todos os filhos ouvem montes de suas mães. Ou ao menos deveriam ouvir.
Saudade.
Saudade dela ficar até as três da manhã "assistindo" filmes de olhos fechados e roncando na sala pois era o único tempo que podia estar lá com seu molequinho de seis, sete anos.

Saudade do nhoque de forno que eu comia até gelado no dia seguinte de tão gostoso que era.

Saudade de ouvir ela esganiçar a voz para cantar o mais horrível possível só para fazer graça.
Naqueles álbuns que as mães escrevem quando saem da maternidade, ela escreveu que torcia para que eu, quando adulto, me tornasse engenheiro.

Já adulto, ela torcia, como deveriam torcer todas as mães, simplesmente para eu fosse feliz.
De alguma maneira eu "engenho" palavras, construo universos, deixo espaço pra meus sonhos. E nos meus sonhos ela teria visto seus netos. Estaria orgulhosa de mim.
Hoje ela estaria fazendo aniversário. Beijos mãe.

Lembrança de agosto de 2017

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