domingo, 13 de julho de 2014

MIL GOLS... MIL GOLS...



Brasil - 13/07/2014 - 16:45.



E no final das contas, teve Copa !

Primeiro tempo - 40 minutos.

A bateria do note está acabando - 35 %. Como um prorrogação, nestes pouco mais de 30 dias de futebol. Já já a rotina volta, não sem boas histórias para relembrar.


Faz algumas semanas que me perguntam o motivo de eu não ter escrito nada sobre a Copa. Pois bem; estava esperando a final. Deu Alemanha e Argentina; fazer o quê?!

Como apaixonado por futebol, quero lembrar das torcidas multicoloridas fazendo festa. Lembrar do golaço do Van Persie. Do sensacional goleiro Tim Howard pegando tudo. Do cerebral Toni Kroos. Do choro de Julio César após os pênaltis contra o Chile. De Leonel Messi decidindo quando era preciso. Do fôlego, da canhota e da malandragem de peladeiro de Robben - para mim o nome da Copa.

De triste, a falta de desportividade e civilidade da torcida e da imprensa espanhola após a eliminação. O "joelhaço" que partiu Neymar ao meio. A anestésica goleada germânica num bando de jogadores brasileiros desorientados e sem técnico.

Aquele clichê ultra-batido cabe para esta Copa: não tem mais bobo no futebol

Intervalo.

O primeiro tempo da final, foi belíssimo de se ver. Não, não tivemos tanta emoção assim, a não ser pelas arquibancadas. Taticamente, digo. A distribuição dos dois times é uma aula para quem gosta do esporte.

A essa altura o Higuain já perdeu um gol feito, a Alemanha já meteu uma bola na trave. 

O time de branco em alguns momentos se assemelha ao Barça de 2008. A posse de bola e a disponibilidade de sempre ter algum jogador pronto para recebe-la me lembra o tic-tac do final da década passada. 
Os argentinos postam-se na defesa forçando um erro de passe para arriscar contra-ataques perigosos.

Quero escrever sem saber o resultado mas curtindo o futebol. Aquele futebol que aprendi desde moleque, quando comecei a me entender por gente e acompanhar o Brasil, naquela época tri, ser "campeão moral" nos estádios lotados durante a ditadura de Videla.

Começou o segundo tempo...

Quero escrever sem lembrar dos estádios superfaturados por aqui e das mentiras ditas desde sete anos atrás como se as pessoas já não soubessem o que aconteceria. Como achassem que todos seriam cordatos com tantos desmandos.

Messi quase fez no canto esquerdo de Neuer...

Quero entender como o Brasil conseguiu fazer uma Copa, mesmo sem hospitais, educação e tratar os visitantes como amigos, convidados para uma feijoada na própria casa. Os brasileiros realmente são surpreendentes. Não merecem seu desgoverno. 

Quase gol do Klose de cabeça...

Bateria 23 %.

Quero esquecer que os craques, hoje são raros por aqui, vão embora pois não há estímulo ou estrutura para forma-los adequadamente e que o esporte mais popular da país é tão maltratado quanto o resto do Brasil. 

Para mim causa estranheza até hoje as comparações que fazem entre os 3% dos jogadores de futebol profissional que conseguiram alguma projeção à qualquer coisa que se mexa, como se fossem culpados por terem nascido pobres - em sua maioria - terem se dedicado através da prática de um esporte de alto rendimento (bancado por suas famílias, ou nem isso), terem obtido destaque e terem conseguido ganhar salários por que são efetivamente bons no que fazem. Quem os paga são seus patrões. Compara-los a quem quer que seja é uma idiotice. Qual o moleque que já bateu uma bola e não quis ter fama, fortuna fazendo o que gosta?

Quero não lembrar que a equipe do país saiu da disputa por causa de orientações tacanhas de um técnico que já deveria ter se aposentado. Mas isso é outra história.

Messi arrisca de fora da área...

Bateria 17%.

Kroos de chapa... uhhhh

Saiu Klose; artilheiro das Copas.

Gotze escolhe a pior opção e solta um peteleco de fora da área.

Acabou. Prorrogação.

Quem diria que teríamos emoções até o final... 

Palacios encobre Neuer mas para fora... uhhh.

5%.

GOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLL

GOTZE !!!!!

Talvez o novo herói esportivo de uma Copa.

Não vou esperar a partida terminar para findar este texto. Vou assistir o final de uma boa competição. Daqui a quatro anos tem mais...

Que se faça o campeão. 



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