domingo, 10 de novembro de 2013

BOLERO - parte 4

Queridos e queridas! 

Depois do absurdamente longo hiato neste conto, volto com sua continuação. 

Em paralelo existem outras histórias que precisam ser contadas e acabei trabalhando nelas no meu modo histérico e desconcentrado de escrever ao mesmo tempo várias coisas. Mas não esqueci da promessa este aqui vamos finalizar juntos e pelo andar da carruagem terminará em janeiro. Até lá, se tiverem paciência e puderem ceder um pouquinho do seu tempo para estas breves leituras, agradeço muitíssimo. Lembro que o "Killers - volume 1" está disponível para sua leitura, conforme post anterior. Observo que esta história teve início lá. 

Obrigado por sua atenção!

                                                   BOLERO - parte 4



        De alguma forma precisaria espantar o fantasma de Bárbara que me atormentava com seus pedaços deixados ao léu pelo Rio de Janeiro. A polícia havia encontrado partes de sua anatomia em diversos lugares. Faltava a cabeça, um braço e uma perna.

         Não tinha noção como o caso progredia depois da onda inicial da imprensa quando fora encontrado seu tronco na ilha de Mocanguê, base da Marinha em Niterói. Já sua perna esquerda encontrada por um pescador na Baía de Guanabara e seu braço direito próximo ao Píer Mauá tentavam formar o macabro quebra-cabeças que eu inventara junto com Jacob Rodriguez. Um delegado chamado Nilo Ventura estava cuidando do caso.

Muitos pedaços, uma só mulher. 

Sua cabeça fora enterrada profundamente na praia do Leme, onde dia após dia o cheiro se elevava e levava ao dono de um quiosque próximo reclamar das obras da prefeitura que faziam exalar aquele odor putrefato, conjurando e esconjurando o prefeito em todas as línguas que conhecia e outras que ainda iam ser inventadas. Fora prefeito !!


Da mesma forma, meu jeito de expurgar Bárbara de meus pensamentos era criar-lhe uma morte pouco honrosa. Inventar sua passagem desta para a melhor, ou pior, de maneira que meu subconsciente absorvesse aquela farsa e meus pesadelos noturnos que passaram a existir desde o fatídico dia me trouxesse uma pouco de sossego.
 

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