terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O SENTIDO DA VIDA

Meu filho, em suas elucubrações (vai procurar no Google que eu espero) filosóficas, afirmou que roubaram o sentido da vida. Não sei se sei. 
Sei lá se tudo ou nada make sense, gente boa! O fato é que vou por aí. Ir por aí faz sentido. Ficar parado não.

Tem uma galera que acha que sentido da vida faz parte de algum tipo de projeção divina. Eu não. Tudo bem, cada um na sua.
Tem outra que correr atrás da grana - é, aquela que ergue é destrói coisas belas (valeu Caetano) é o que interessa. Também tudo bem, boa sorte, se quiser dividir me chama.
Outros ainda,  que noites ou dias com um bocado de sangue correndo no seu álcool faz parte do compartilhamento de alegrias com amigos, paixões (sejam elas quais forem), e que isso é o que faz sentido.

Alguns pensam demais, outros de menos, mas o sentido, creio, é para ser sentido, se é que entendem o  meu sentido, minhas percepções, parágrafos, vírgulas e etecéteras,...

Eu, quando tinha a idade da minha prole, pegava o 433 e ia na orla olhar o mar, descalço, só de short, com o dinheiro da volta e do pão doce da padaria da Ataúfo de Paiva. Depois de jacarés mal pegados, ficava um tempão olhando para as Cagarras (vai procurar no Google que eu espero), projetando um futuro que aconteceu só em parte. Mas e daí? O sol era quente, o vento era bom e as bundas eram lindas. "Ah, tinha que ter a objetização da mulher!". Tinha, era hormonal - sem culpa !

Hoje um abraço apertado, uma graça por besteiras, um bom sexo, uns dias de sol, outros de chuva, o cheiro da pizza assando, um obrigado, aprender coisas novas, ensinar coisas velhas, ouvir aquela música nova, ou aquela música velha, perfume bom no ar,  café no bule, o riso quando vier, o choro que não se deve evitar, matar saudades de algo ou alguém, um cigarro para quem fuma - mas faz mal, tudo aos poucos ou ao mesmo tempo, recuperam trazem e fazem todo o sentido.

Então, malandragem, pare de pensar se roubaram ou não o sentido da vida e vai procurar seus instantes de liberdade, de graça, prazer, descompromisso, que a cada dia você vai perceber que as pequenas coisas que você acha triviais podem te dar o sentido que você acha que roubaram por não achá-lo na frente de uma tela. Não adianta procurar no Google.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

VELHO PAPO

Começou tudo de novo...

Tenho observado as práticas de alguns pre-candidatos. A maior parte, com o mesmo discurso vazio e requentado de eleições anteriores. O velho papo de "ele vai ser sua voz", "ele vem forte", "tamo junto",...

Derrota. É o que espero para estes.

Não conseguem articular o quê, como e quando pretendem realizar suas promessas. Seus planos mirabolantes. Misturando responsabilidades municipais com responsabilidades estaduais e federais no mesmo discurso populista e - perdoem-me  - escroto de sempre - só para iludir o eleitor. Um oba oba para tentar angariar votos com promessas, jeitinhos, ou mesmo no grito. Falta coerência. Ética.

E se já não conseguem articular nem as próprias palavras - concordâncias gramaticais, o que dirá ter conhecimento da lei que lhes pertence. Se fizermos um teste, fazendo qualquer pergunta sobre a lei orgânica municipal, constituição estadual ou federal, os que se arvoraram aos cargos - sem saber bem o que é isso - responderão: "Ãh?"

A ilusão de uns trocados, o buzinaço, a promessa de boquinhas aqui e ali, farão continuar tudo como está.

É o momento de olhar para frente com responsabilidade com o dinheiro público; com projetos de início, meio e fim; de governar e legislar para todos e não para alguns; de um governo transparente que não omita números para esconder sabe-se lá o quê.

Use seu voto para evoluir, não para ficar na mesma com os mesmos. Se é para mudar, mude tudo de uma vez.

Lembrança de setembro de 2016

PAU DE SELFIE

Façamos o seguinte: tiremos uma fotografia dos útimos dias.

Nessa foto, veja se você está enquadrado:

entre os insatisfeitos com as "administrações" do seu município, estado e país;

entre os inadimplentes do sistema bancário;

entre os que procuram alternativas para aumentar a renda familiar;

entre os desempregados relacionados ou não no CAGED;

entre os que têm medo das chuvas do começo do ano;

entre os que se surpreendem a cada cobrança de energia elétrica;

entre os indignados com a inflação ilusória divulgadas pelas pesquisas;

entre os que são prejudicados por políticas financeiras desatrosas;

entre os que dormem pensando como irão resolver o dia seguinte.
Você não está sozinho.
Seria preciso um pau de selfie enorme para todo mundo sair na foto.

Lembrança de Janeiro de 2016

LOUCURAS POR AÍ

Passeio semanal.

Um louco incendeia uma creche em MG.

Um louco atira contra uma multidão em Las Vegas.

Um louco lança um míssil que atravessa o Japão.

Campanha pelos loucos que só rasgam dinheiro.

Lembrança de outubro de 2017

"SAIU DO GRUPO "

Ainda a pouco fui adicionado juntamente a 39 incautos a mais um grupo no Messenger  do FB.  Como já estou cascudo do WhatsApp fui direto na opção "sair do grupo".

Mas antes, "Blim" " quem é você?"; "Blim"  "quem me adicionou?"; "Blim" "sacanagem"; "Blim" "se eu pego o filho da phluta..." . Ficou parecendo um episódio de "Tunel do Tempo" (ops, entreguei a idade!")

Os criadores das redes sociais, apps e futilidades em geral (ora, tenho meu momento fútil também, por que não ?!) deveriam criar algo como um semancômetro, um pardal, um radar qualquer que gerasse multa para cada bobão que te insere em grupos "nada a ver/ nada consta/ nada acrescenta".  Vou criar um grupo para protestar contra essa prática e vou te adicionar...

Lembrança de outubro de 2017

O SEU PAPEL

Na administração pública, seja em qual esfera for, causa e consequência do "indevido" são sempre as mesmas: desvios de dinheiro enchem as burras dos administradores e legisladores (com raríssimas e bem aventuradas exceções - é bom que se diga); indícios de corrupções e fraudes são comprovados; defensores dos errados balançam os rabos dóceis, castrados e fiéis a uma lógica burra ou comprada; opositores praguejam como se pecados não tivessem; corruptos e corruptores tentam defender o indefensável; o dinheiro para fazer a máquina funcionar some de vez; aumenta-se os impostos, taxas e contribuições para tentar salvar o navio até as próximas eleições; e o contribuinte, como sempre, cumpre seu papel na orgia.

FRASES FEITAS

Sei lá... Acho que todo mundo devia lembrar que sua mãe, em algum momento da vida, te disse: "você não é todo mundo".

Basta ser você que está bom.

Tenho achado que o sentimento de "despertencimento" é bem melhor do que o coro burro da galhofa gratuita, do bom-mocismo coletivo de ocasião ou do odiozinho boboca sobre qualquer coisa de tribos na rede.

Lembro do verso da velha canção: "os outros são os outros, e só".

Lembrança de dezembro de 2015

BURACOS DA DISCÓRDIA

Já tem tempo que a gente ouve reclamações por causa da tomada de três pinos.  Aí, numa espécie de celebração,  os fanfarrões dos caras fabricam um adaptador  (ou benjamim) no qual, dependendo do plug, só dá pra conectar um aparelho, pois os dois encaixes são voltados para dentro e a maior parte dos aparelhos que tem esta maldição, têm os machos com os fios voltados para os lados .
Eram deuses os astronautas ou serei eu o ignorante?
Ah, repare que os fabricantes desta maravilhosa solução, fizeram os furos da esquerda, menores que os da direita - e isso não vale como análise política, são somente buracos.
Não tenho o menor interesse em perfis técnicos do desenho industrial do artefato.  Só preciso ligar dois aparelhos ao mesmo tempo. Custa?!
Custa. 5 pratas no camelô.

Lembrança de fevereiro de 2016

CALÇAS RASGADAS (da série: PERDENDO AMIGOS)

Desde criança ouço falar do Lula. Antes do apelido virar nome. Lá nos anos 70. A maioria aqui nem era nascida. Havia uma aura de contestação ao establishment e isso era bom. O discurso virulento contra as calças e costas largas do alto empresariado. Um sindicalista sem dedo que demonstrava insatisfação de uma forma diferente. Um punk operário. Alguém que, embora eu percebesse ter uma visão limitada - suas convicções eram voltadas exclusivamente às necessidades dos operários do ABC Paulista - respeitava.
O tempo passou. Lula fundou um partido, virou parlamentar, candidato a presidente derrotado algumas vezes ainda contestando as políticas do Estado no qual estava inserido, até que...
...entendeu o jogo.
Tornou-se o Lula paz e amor. Aí Luís Inácio virou mais um, como sabemos hoje. Navegou no Plano Real depois de contestá-lo. Pelo projeto de poder, alinhavou acordos que beneficiaram cúpulas de empresários, partidos políticos e agregados - exatamente a prática que dizia combater por toda vida pública. Um acordo social que vende uma imagem de socialismo tupiniquim mas suprime impostos de empresários financiando consumo, num capitalismo combatido somente no discurso. Que distribuiu dinheiro entre famílias miseráveis para torná-los pobres orgulhosos cheios de carnês na gaveta e sem saída sustentável de educação de qualidade e oferta de emprego.
Lamento que alguém tenha tido nas mãos um país inteiro pronto para o desenvolvimento econômico e social e preferiu um pacto com o poder e a estagnação.
Hoje, as calças rasgadas do movimento punk viraram uma moda descartável. Sindicalismo virou associação ao conchavo partidário.
Ontem quando a Ministra Carmen Lúcia no STF bateu em um homem que tenta parecer o que poderia ter sido, eu lamento. Não lamento um voto, pois nunca votei nele. Lamento o que poderíamos ser e não somos. Onde poderíamos estar e não estamos.
Lamento não poder botar calças rasgadas sem parecer estar na moda.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

PROCESSO SELETIVO (da série: PERDENDO AMIGOS)


Fico aqui pensando que ser eleito para algumas legislaturas não deve ser um trabalho tão difícil. Se quiser mesmo, precisa defender uma minoria qualquer, levantar uma ou duas bandeiras, assumir um discurso voraz contra um estado incompetente e conseguir algum suporte financeiro. É uma boa receita, não?!
Encontramos casos de "sucesso" por aí. Alguns me vêm à mente. Sérgio Cabral, o guardião dos aposentados - espero que se aposente na cadeia. Jean Willis, o defensor estridente da causa LGBTSTUVXZ, e, ultimamente, seu antagonista planejado (feitos um para o outro), Jair Bolsonaro, a voz dos militares no plenário. Veja a diversidade é um princípio democrático perfeito. Opiniões e representatividades, mesmo divergentes são bem vindas no pacote. Não se sobrevive só de pizza de muçarela.
Voltando à vaca fria, este último, é o seu Jair, com cara de síndico em reunião de condomínio, após mais de um quarto de século como congressista, teve apenas dois projetos de lei aprovados. Sua relevância política na casa legislativa aparentemente é ínfima. Na minha vida, é nula.
Agora, como todo cidadão deste país, ele tem direito à candidatura à presidência. Fiquei aqui pensando nele sentado ao lado de Angela Merkel. Discursando no púlpito da ONU. Na foto do G20. As imagens se esmaeceram de imediato. É isso! A alcunha de mito é uma fantasia do imaginário infantil, como o Saci Pererê, o boitatá, a mula sem cabeça,... Quando crescemos são esquecidas na memória. A não ser que você queira permanecer em uma eterna infância. 
Não há cacife que banque um bravateiro por muito tempo. Collor foi assim. Não há capacidade por trás de um discurso lugar comum. Vagas ideias fixas repetidas à exaustão. Um grande vazio. Se alguém fala o que o populacho gostaria de ouvir, não seria por isso que deveria votar neste ou naquele. Um ex-presidente aí é o exemplo deste caso. Agora ele se envolve em outros casos, só que no judiciário.
É óbvio que exijo que meu candidato esteja bem cotado no  ECA!!! 
Será que ele passa no segundo item?
Não ter um processo nas costas é uma das coisas mínimas que você exigiria para alguém que quer casar com a sua filha, imagine para um candidato à presidente. É algo como a Libertadores para o Flamengo. É obrigação.
No processo seletivo à presidência, para mim, ele não passa da primeira etapa. Passa, talvez, pela entrevista do RH, repetindo o discurso decorado , ensinado por um Max Heringer da vida, mas não passa na entrevista com o gerente. Faltam-lhe habilidades e competências. É bom que sejamos o gerente de todos os possíveis candidatos. 
CPF limpo não basta, garoto.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

PERDENDO AMIGOS

Faz uns dias, saí de casa para uma frívola viagem de Van a caminho do trabalho. Tinham combinado um horário com os passageiros e saíram antes. A combinação foi feita no WhatsApp. Mostrei que estavam errados, saí do grupo e segui a vida. Meia hora depois alguém que não conheço passou mensagem defendendo o erro do horário do motorista. Tenho sido um sujeito educado e pacientemente observei o que tinha acontecido. Recebi uma repreensão de alguém que não conheço por estar certo.
Fui educado só pra encerrar a discussão e disse "bom dia" por três vezes para tentar encerrar a conversa. Antes do último "bom dia", recebi a recomendação para sair mais cedo e ao final um "fica a dica".
Poucas coisas me deixam tão irritado quanto ler um "fica a dica". É escroto. Falta de recurso ao escrever. Detesto frases feitas.
Fiquei lembrando do filme Cidade de Deus quando Zé Pequeno lembra que esqueceu de matar o Mané Galinha: "Por que qui eu não matei aquele filho da..."
Zepequenei.
Para não ficar calado perante uns papos bobos feito o ou à Idiota da  Van - não sei o gênero de quem entrou em contato comigo - volto à escrita de uns parangolés. Para não deixar passar nada...

Por mais que eu fique aqui caladinho sem realizar avaliações em período pré campanha eleitoral, não consigo segurar os dedos por onde saem as coisas que penso a respeito de determinadas figuras públicas.
Assim, embora saiba que isso possa gerar um mínimo barulho por estar contrário a opinião e/ou convicção deste ou daquele, vou mandar. Como não estou afim de discussões sobre o que penso, não responderei a ninguém. É um monólogo.
Está lançada a série "Perdendo Amigos". Quem estiver afim vou colocar sempre o link.
Então fica dica, idiota da Van.